O homem que ficou conhecido nacionalmente como "vampiro de Presidente Prudente" depois de admitir que mordeu o pesco?o e bebeu sangue de adolescentes a quem prometeu imortalidade pode ficar livre da cadeia e ser condenado apenas a pagar indeniza??o ?s supostas v?timas ou doar cestas b?sicas a entidades filantr?picas.
Famoso, livre da cadeia, o "vampiro" n?o mudou de vida: ainda n?o tem dinheiro para pagar o advogado, trabalha como catador de papel na mesma recicladora de lixo, de acordo com uma irm? dele e na casa onde mora, a m?e e o pai exigem que ele n?o use mais o telefone para falar sobre o assunto.
A principal mudan?a na vida do "vampiro" foi a interrup??o das visitas ao cemit?rio. "Isso ele parou. O grupo foi desfeito, porque as amea?as que ele fazia pararam de surtir efeito", disse o delegado da cidade, Dirceu Gravina.
Gravina conta que conseguiu enquadrar o rapaz em apenas dois crimes, por enquanto: corrup??o de menores e les?o corporal leve. Exames do Instituto M?dico Legal (IML) informam que n?o houve abuso sexual ou indu??o dos adolescentes ao uso de drogas. Como n?o tem antecedentes, o rapaz pode ter uma eventual condena??o convertida em penas alternativas.
O delegado tem uma ?ltima esperan?a: a de que o ?ltimo laudo encomendado pela pol?cia ateste que as v?timas tiveram seq?elas psicol?gicas.
"Este laudo de sanidade ps?quica pode demorar um pouco mais, mas ? importante para que possamos acus?-lo de les?o corporal grave, para aumentar a pena. Vamos encaminhar ao Minist?rio P?blico (MP) para ver se faz a den?ncia ou se ? para resolver em n?vel de acordo, por causa de menor potencialidade ofensiva. Isso fica a crit?rio deles. Eu j? n?o sei mais nada", disse Gravina.
O delegado tenta avan?ar ainda pela investiga??o da suposta articula??o, comandada pelo "vampiro", para executar ou provocar aborto em uma pessoa pr?xima a ele, crime que ele nega. De acordo com testemunhas ouvidas pela pol?cia, havia um plano em execu??o no momento em que o rapaz foi descoberto.
"Eles pretendiam matar a garota. Quer dizer n?o chegou a executar os atos. N?o come?ou a fase execut?ria que o direito penal exige. S? estava na fase de cogita??o para matar, para fazer o aborto dessa rainha Atenas. E se poss?vel matar ela tamb?m. Ela era vizinha dele. Tem muita coisa ainda a ser apurada."