O Ministério Público Federal de Goiás decidiu afastar por 120 dias o prefeito de Luziânia (GO), Cristóvão Tormim (PSD), por conta de denúncias de assédio sexual contra servidoras da prefeitura. A vice-prefeita Edna Aparecida (Pros) assume de forma interina o cargo.
A decisão do afastamento foi tomada na sexta-feira (21) e ainda cabe recurso. O prefeito é denunciado em 16 ações por crimes relacionados a assédio e importunação sexual. Os processos correm em sigilo, para preservar a identidade e a segurança das vítimas.
A deputada federal Iracema Portella (PL-PI), procuradora da Mulher da Câmara dos Deputados, acompanha o caso. Em novembro de 2019, a deputada recebeu as vítimas.
"Recebi na Procuradoria um grupo de mulheres assustadas, com medo de represálias, mas dispostas a ir até o fim com a denúncia contra o prefeito. Acompanhei-as pessoalmente ao Ministério da Justiça, ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ao Conselho Nacional de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, e fiz questão de comunicar aos titulares das pastas sobre o caso", disse em nota encaminhada à imprensa.
A congressista comemorou o afastamento de Cristóvão da prefeitura: "é um alívio saber que o prefeito foi afastado do cargo e que as investigações serão feitas mantendo as vítimas protegidas, especialmente por serem servidoras do município".
Em vídeo publicado no dia 4 de fevereiro em sua página do Facebook, o político do PSD nega ter cometido assédio e importunação sexual e classifica as acusações como "armação, inverdades e maldades feitas por blogueiros de oposição".
(Por: Congresso em Foco)