A Pastoral da Misericórdia da Paróquia Nossa Senhora de Fátima presta serviço de atendimento a famílias em situação de vulnerabilidade social. Essas pessoas são identificadas a partir de visitas domiciliares e o acompanhamento de cada caso.
Ao todo, são 140 famílias com cadastro, mas a distribuição de alimentos cresceu muito durante a pandemia do novo coronavírus e os atendimentos vão além dos cadastrados.
As famílias passam a receber mensalmente uma cesta básica doada pelos fiéis que frequentam a paróquia. Além dos alimentos, também são oferecidas roupas, materiais de higiene pessoal e medicamentos específicos. Além disso, um bazar possibilita que a paróquia consiga dinheiro para manter as obras sociais.
Todo esse trabalho hoje é coordenado pelo Padre Amadeu Matias, que acompanha de perto o cadastro das pessoas e a situação familiar de cada um. Além disso, a espiritualidade cristã é um conforto. “Nossa ideia é beneficiar os mais pobres entre os mais pobres. Queremos dar conforto a essas pessoas que tanto precisam de uma mão estendida”, revela.
Padre Amadeu coordena o trabalho da Pastoral (Foto: Lucrécio Arrais)
O pároco afirma que são atendidas pessoas de todas as zonas de Teresina, além de comunidades de Timon. “Temos pessoas atendidas de várias regiões. Não concentramos em um só ponto de atuação. A maior parte dessas pessoas nos procuram por um só motivo: a fome. A fome é uma realidade difícil que estamos enfrentando”, acrescenta.
Um trabalho de muitas mãos
A equipe da Pastoral da Misericórdia da Paróquia Nossa Senhora de Fátima é comprometida com as obras sociais. Do acolhimento à triagem e distribuição, todo mundo trabalha com afinco para combater a fome em diversas regiões da grande Teresina. Para Analúcia Miranda, conhecida como Lucinha dos Pobres, a pandemia e a inflação fizeram aumentar a procura por ajuda.
Os atendimentos triplicaram após a crise sanitária e econômica. “Não tenha dúvida que a procura por ajuda aumentou muito com a chegada dessa pandemia. Muitas pessoas chegam pedindo alimento. Tudo ficou mais caro. Se é difícil para mim e para você, imagine para essas pessoas. Ficou ainda mais difícil comprar e ter comida na mesa”, explica a voluntária.
A voluntária Romélia Sabóia está há 10 anos como voluntária da Pastoral e está à frente do bazar. “É uma boa oportunidade para encontrar boas roupas e ajudar os trabalhos sociais da igreja. Por aqui a gente faz uma triagem das roupas, que inclui lavar, passar e, algumas vezes, pregar algum botão ou fazer algum reparo. Vale a pena conhecer”, convida.
A Pastoral da Misericórdia da Paróquia Nossa Senhora de Fátima segue, ao longo de décadas, fazendo um trabalho de acolhimento e espiritualidade com pessoas humildes através do voluntariado.