O Ministério Público de Goiás o acusa de feminicídio e ocultação de cadáver. O suspeito, que já teve um relacionamento amoroso com a mulher, está preso e confessou ter matado a vítima.
Segundo o Promotor de Justiça, Marcelo Franco de Assis Costa, que assina a denúncia, destacou no documento que as condições em que o assassinato foi cometido comprovam “o desprezo do denunciado pela condição do sexo feminino, inclusive a violência em contexto amoroso familiar”.
Ailsa foi vista pela útila vez em novembro do ano passado, quando saiu de casa para alugar um imóvel, em Goiânia. Na ocasião, ela deixou os dois filhos, de 15 e 11 anos, na residência e não voltou mais.
Em 28 de dezembro de 2017, o pastor foi preso na casa em que morava, em Águas Claras, no Distrito Federal. Ele confessou o crime e revelou que havia deixado o corpo da vítima na zona rural de Aragoiânia, na Região Metropolitana de Goiânia.
O delegado responsável pelo caso, Valdemir Pereira, titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), relatou no inquérito que o acusado e a vítima mantiveram um relacionamento amoroso por mais de um ano. Neste período, a convivência foi conturbada em razão de Alexandre ter outra mulher no Distrito Federal.
Pereira concluiu que Silva saiu da casa onde morava com a esposa decidido a matar Ailsa porque achava que ela poderia denunciá-lo à polícia por ele ser foragido da Justiça. O pastor já respondia por um latrocínio cometido em Itumbiara, região sul de Goiás.
De acordo com a investigação, quando o acusado chegou à capital goiana, ele convenceu Ailsa a sair com ele para alugar um imóvel. No entanto, eles acabaram indo para o Recanto Cachoeirinha, na zona rural de Aragoiânia, onde a pastora foi esfaqueada. Em seguida, Silva ocultou o corpo de Ailsa na mata, cobrindo-o com folhas, e fugiu.