Pastor cria programa de recuperação para combater vício do racismo

O racismo é um vício, uma espécie de doença do hábito.

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O racismo é um vício, uma espécie de doença do hábito, que pode ser superada tal qual o alcoolismo ou o vício em outras drogas – mas, para isso, como em qualquer caso, é fundamental que o próprio viciado tenha consciência e assuma sua condição.

Essa é a premissa do trabalho de uma igreja na Califórnia, que vem realizando reuniões similares aos encontros dos Alcoólicos Anônimos, mas para racistas que desejam largar esse hábito. O grupo tem sido chamado de Racistas Anônimos.

Não por acaso, as participações começam da mesmíssima forma que as reuniões do A.A: a pessoa se apresenta, e admite publicamente que é racista. “Olá, meu nome é fulano, e eu sou racista”.

Os racismos tratados pelo programada comandado pelo pastor Ron Buford na sua Igreja Congregacional de Sunnyvale são os mais diversos: raças, religiões, estilos de vida, orientações sexuais – e o sistema é idêntico aos programas inspiradores baseado em 12 passos para a superação desse mal hábito.

E essa não é a única igreja realizando esse tipo de tratamento. Pelos EUA já são diversas as congregações engajadas em combater o racismo para tentar amenizar a tensão racial e social que se estende por todo o país nesse momento. A ideia é colocar os racistas para deixarem de falar sobre os outros, e falarem enfim de si mesmos.

E, pelo visto, os programas lentamente funcionam – e não há país no mundo que não necessite de tal programa. Se a coisa está se espalhando pelos EUA, é hora de chegar logo por aqui – afinal, de fato olhar para si é, sem dúvida, o primeiro passo para combater o absurdo que racismos e preconceitos de todo tipo fomentam.

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