Passista se interna para cirurgia no útero e tem braço amputado

Alessandra dos Santos Silva afirmou que teve a vida destruída e cobra punição ao hospital

Alessandra dos Santos Silva e a mãe | Foto: Reprodução/TV Globo
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Uma passista da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, se internou para retirar miomas no útero e teve alta dias depois com parte do braço esquerdo amputado. O caso aconteceu no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no dia 3 de fevereiro de 2023. 

Em uma entrevista para o Bom Dia Rio, da TV Globo, nesta segunda-feira (24), Alessandra conta que mal se lembra de acordar em outro hospital sem o braço. Tudo começou em agosto do ano passado, quando ela começou a sentir dores e sangramento, resultando no diagnóstico de mioma no útero.

A operação ocorreu em 3 de fevereiro, e no dia seguinte, os médicos informaram à família que seria necessário remover completamente o útero. A partir daí, a família começou a notar que os dedos da mão esquerda de Alessandra estavam escurecendo. Em 6 de fevereiro, a equipe médica anunciou que a passista precisaria ser transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), em Botafogo. Nesse momento, os parentes notaram que o braço da paciente estava quase todo preto.

Após quatro dias, a família foi informada de que "ou era a vida de Alessandra ou era o braço", e autorizou a amputação do braço da passista depois que uma drenagem não deu certo. Ela também apresentou complicações no rim e no fígado.

Alessandra recebeu alta em 15 de fevereiro, mas os problemas ainda não haviam terminado. Ela voltou ao hospital em 28 de fevereiro para ver os pontos da amputação. O médico ficou surpreso com a condição e a encaminhou de volta para o Heloneida Studart. Ela foi recusada em vários hospitais antes de conseguir ser internada no Hospital Maternidade Fernando Magalhães, mas acabou sendo transferida para o Hospital Municipal Souza Aguiar. Ela ficou internada entre 4 de março e 4 de abril.

Alessandra agora busca justiça e responsabilidade pelos responsáveis. Ela diz: "Eu quero que os responsáveis paguem, que o hospital se responsabilize, porque eles conseguiram acabar com a minha vida. Destruíram meu trabalho, minha carreira, meu sonho... tudo."

A Secretaria Estadual de Saúde iniciou uma sindicância sobre o caso, e a Polícia Civil registrou o caso na 64ª DP em São João de Meriti. A polícia também deve analisar o laudo médico.

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