Durante coletiva de imprensa do Itaú Cultural, na semana passada, em São Paulo -SP, o diretor do Instituto Eduardo Saron afirmou que o Itaú aportou recursos para realização de um documentário sobre a Serra da Capivara. O Parque é um dos mais importantes centros arqueológicos do Brasil e está situado no Piauí, nos municípios de Canto do Buriti, Coronel José Dias, São João do Piauí e São Raimundo Nonato.
O objetivo do documentário é revelar o Parque Nacional da Serra da Capivara, mostrando as inscrições rupestres (pinturas e gravuras) dos sítios arqueológicos no contexto da paisagem (geologia, flora e fauna) e da sociedade (economia, cultura e educação).
Aprovado pela Lei Rouanet e Comitê de Incentivo à Cultura do Itaú Unibanco, o projeto é de dezembro de 2015 e está em vias de finalização pela Raiz Produções Cinematográficas. A curadoria é de Maria Alice Milliet e o patrocínio é do banco, via Lei Rouanet, e custará R$ 350 mil.
“Ao colocar energia nisso, reafirmamos o papel da Serra da Capivara e o trabalho de Niède Guidon frente a esse debate mundial sobre o pensamento arqueológico. Há a necessidade de se colocar ainda mais luz na Serra da Capivara. Aquela mulher é uma guerreira”, disse o diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron.
Outra inciativa envolvendo a Serra da Capivara é o longa-metragem “Niède Guidon – Memórias da vida do cineasta Tiago Tambelli”, cujo início das gravações está confirmado para este mês no Piauí. A produção é da piauiense B & T Áudiovisual em coprodução com a Lente Viva Filmes.
A história de uma vida de dedicação de Niède Guidón e sua equipe ao berço do Homem Americano é o grande destaque no filme. O longa também vai expor o trabalho de preservação da fauna, flora e sítios arqueológicos, e como tudo isso transformou a vida da população de São Raimundo Nonato e de toda a região que compõe o Parque. A previsão de lançamento é para o segundo semestre de 2018.
O Governo do Estado será um dos patrocinadores majoritários do documentário com cerca de 35% dos recursos previstos para a sua realização. Em contrapartida, a produção do filme doará 20% da receita gerada com a comercialização da película para a Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham). A verba já tem destino certo e será usada para a revitalização do Sítio Arqueológico da “Toca do Salitre” e outras pesquisas realizadas no Parque.
Serão distribuídos ainda dois mil exemplares do filme em bibliotecas e escolas da Rede Estadual do Piauí, além de exibições públicas e palestras com equipe do filme e da Fundham em escolas da rede pública.