Parceria entre policiais e designers do Paraná cria roupas e móveis antifurto

Alguns modelos sem zíper trazem bolso com fundo falso para que o ladrão não alcance a carteira.

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 A partir da pesquisa sobre as técnicas mais usadas por ladrões em pequenos furtos, estilistas e designers no Paraná desenvolveram protótipos de móveis, roupas e bolsas "antifurto" para dificultar a ação de batedores de carteira. A ideia do projeto "Design contra o Crime" surgiu do coronel Roberson Bondaruk, comandante da Academia Policial Militar do Guatupê, órgão de formação de policiais do Estado, e do setor de design do Senai. Nas criações de vestuário, o bolso da calça é mais baixo e tem velcro para fazer barulho ao ser aberto.

Alguns modelos sem zíper trazem bolso com fundo falso para que o ladrão não alcance a carteira. "A mão do ladrão não vai conseguir chegar ao fundo sem ser notada", diz a consultora de moda Marianne Rohrig. Os zíperes das bolsas são cobertos por tecido em aba para dificultar sua visualização. Há ainda bolsas revestidas com redes de pesca, resistentes a golpes de estilete. Entre os móveis, o destaque é a cadeira com compartimentos para bolsas.

A pesquisa de base foi feita com 287 detentos do Estado entre 2007 e 2008. "A principal lei que seguem é a do menor esforço. Por isso, desenvolvem um olho clínico para identificar pessoas que vacilam", afirma Bondaruk. Os autores buscam financiamento para fabricar os produtos em grande escala.

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