Parada Gay mistura samba com música pop em Copacabana, RJ

O 15° e último carro da parada contará com 50 ritmistas da Mangueira que animarão o público ao lado de drag queens e passistas da escola de samba

Participantes da Parada Gay se beijam em Copacabana | (Foto: Alexandre Durão/G1)
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A 18ª Parada do Orgulho LGBT, que acontece neste domingo (13) na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, vai misturar samba com música pop ao passar pela Avenida Atlântica. O décimo quinto e último carro da parada contará com 50 ritmistas da Mangueira que animarão o público ao lado de drag queens e passistas da escola de samba.

A travesti Xuxete de Sepetiba, responsável pela organização das paradas gays na Zona Oeste do Rio, virou estrela em Copacabana.

Aline da Silva e Jéssica Gonçalves saíram de Campo Grande, também na Zona Oeste, para curtir a parada gay pela segunda vez. Elas chegaram às 11h e aproveitavam para tirar foros com Xuxete de Sepetiba. "Espero muita diversão e quero tirar bastante fotos", disse Jéssica.

Bandeira de meia tonelada

A bandeira com as cores do movimento LGBT tem 124 metros e pesa meia tonelada. Serão necessárias 300 pessoas para carregá-la.

Julio Moreira, presidente do Grupo Arco-íris, afirma que a Parada Gay tem sua função política e que duas pautas importantes serão colocadas em questão neste domingo.

"A primeira é a necessidade de una lei que legitime o casamento civil entre homossexuais. Conseguimos a união estável no STJ, mas alguns juízes ainda impedem que o casamento civil aconteça. Precisamos de uma lei que amarre isso", disse Julio.

Julio também ressalta a importância da criminalização da homofobia. "A gente precisa de uma lei que agregue ao crime o motivo homofobia. A lei vem como instrumento de conscientização. Com a lei a pessoa pessoa sabe que pode pagar criminalmente por isso", reforçou.

Para o presidente do Grupo Arco-íris, existe um cuidado para que a parada seja um movimento político e cultural, mas também não vê como algo negativo quando alguém diz que a parada" se carnavalizou".

"Durante muito tempo os homossexuais estavam nos batidores da cultura, no teatro, no carnaval. E agora somos protagonistas", finalizou.

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