O Papa Francisco decidiu fechar cerca de cem das famosas fontes do Vaticano, incluindo as duas obras barrocas do século XVII na Praça de São Pedro. A medida foi tomada devido a uma prolongada seca na Europa que afeta também a pequena cidade-estado, além da capital italiana.
O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, disse que não se lembra de nenhuma outra ocasião em que a Igreja Católica foi levada a desligar os chafarizes. O calor do verão europeu deste ano, após dois anos de chuvas abaixo da média, força o fechamento de fontes de água potável e a possibilidade de racionamento.
"Esta é a forma de o Vaticano se solidarizar com Roma, tentando ajudar a superar esta crise", afirmou Burke à agência de notícias Reuters, durante uma entrevista na Praça de São Pedro, onde já estavam fechadas as duas fontes do século XVII dos escultores Carlo Maderno e Gian Lorenzo Bernini.
Em julho, o índice de chuvas ficou 72% abaixo do normal em Roma, de acordo com o canal do tempo Sky Italia. A precipitação foi 74% menor em junho, e também houve uma redução de 56% na média de longo prazo nos meses de março, abril e maio.
O cuidado com o planeta e seus recursos é uma questão importante para o Papa Francisco, que exigiu uma ação rápida de líderes mundiais sobre a primeira encíclica de história dedicada ao meio ambiente."Esta decisão é muito em linha com o pensamento do Papa sobre a ecologia: não se pode desperdiçar, e às vezes é preciso estar disposto a fazer um sacrifício", disse Burke.