Em sua audiência semanal no Palácio de São Pedro, o papa Bento XVI afirmou hoje que a Igreja Católica "atua" em relação aos casos de pedofilia no clero e que se emocionou no encontro com vítimas de pedofilia em Malta. "Compartilhei seu sofrimento, com emoção. Orei com eles, assegurando que a Igreja atua" para remediar esses crimes, disse o pontífice, lembrando o encontro no fim de semana.
Na Espanha, a Associação de Teólogos e Teólogas João XXIII pediu a demissão do papa em manifesto no qual afirma que o líder da Igreja "não tem a idade nem a mentalidade" para enfrentar os desafios colocados à Igreja. "Nos parece que o pontificado de Bento XVI está esgotado. Pedimos para que ele, com o devido respeito à pessoa do papa, apresente a demissão de seu cargo", diz a associação.
O texto afirma que as propostas são feitas "com espírito construtivo e encaminhadas à transformação evangélica da Igreja Católica", com o objetivo de "iniciar um processo de democratização da Igreja com a participação de todos os crentes católicos na eleição dos cargos de responsabilidade".
O manifesto chama a atual forma de organização da Igreja de "obsoleta", mais parecida com "uma monarquia absoluta que com o movimento de Jesus, uma comunidade de iguais".