O Papa Francisco celebrou na noite desta quinta-feira (24) a missa do Galo, na basílica de São Pedro, durante a qual pediu aos católicos que "cultivem a justiça" e sejam "sóbrios".
"Em uma sociedade frequentemente embriagada pelo consumo e os prazeres, de abundância e luxo, de aparência e narcisismo, Ele nos chama a ter um comportamento sóbrio, simples, equilibrado, linear, capaz de entender e viver o que é realmente importante", disse Francisco em seu estilo claro e direto de falar.
Durante a solene homilia, celebrada com o auxílio de uma centena de prelados e assistida por centenas de peregrinos e religiosos, Francisco falou sobre um dos grandes males da sociedade moderna: a indiferença.
"Em um mundo geralmente duro com o pecador e indulgente com o pecado, é necessário cultivar um forte sentido de justiça, de busca e de por em prática a vontade de Deus".
"Diante da cultura da indiferença, que com frequência termina por ser impiedosa, nosso estilo de vida deve estar repleto de piedade, de empatia, de compaixão e de misericórdia, que extraímos a cada dia do poço da oração".
O Papa pediu aos católicos que parem de sentir "medo e temor", e qualificou Jesus como um "príncipe da paz".
"Que, como os pastores de Belém, nossos olhos se encham de assombro e maravilha ao contemplar no Menino Jesus o Filho de Deus".
Já nessa sexta feira (25) o Papa Francisco falou em sua tradicional mensagem de Natal sobre os atos terroristas e a destruição do "patrimônio histórico e cultural de povos inteiros".
"Quero recordar também quantos foram atingidos pelos atos terroristas atrozes nos recentes massacres ocorridos" no Egito, Beirute, Paris, Bamako e Tunísia, disse.
O pontífice pediu ainda "o fim das atrocidades" no Iraque, Iêmen e na África subsaariana que, além das "numerosas vítimas, provocam enormes sofrimentos e não respeitam nem sequer o patrimônio histórico e cultural de povos inteiros".Ele também expressou apoio aos recentes esforços da ONU para tentar acabar com as guerras na Síria e na Líbia, durante sua tradicional mensagem de Natal.
"Que o acordo alcançado dentro das Nações Unidas consiga o quanto antes calar o barulho das armas na Síria (...) É igualmente urgente que o acordo sobre a Líbia encontre o apoio de todos", afirmou o pontífice em referência aos conflitos.