Paralisações, voos cancelados e sistemas de saúde afetados. Após 24 horas do apagão cibernético que parou partes do globo, muitos países ainda enfrentam os impactos, e os aeroportos são um dos serviços em que mais estão sofrendo com a pane do sistema.
Segundo especialistas em cibersegurança, o pior já passou, mas a retomada a normalidade, principalmente nos aeroportos, ainda deve levar alguns dias, até semanas. No entanto, ainda é preciso ficar atento com criminosos oportunistas que tentam explorar o problema de TI e o caos.
VOOS ATRASADOS
Na sexta-feira, quase 7 mil voos foram cancelados em todo planeta, o que representa 6% dos voos regulares agendados para o dia. Hoje já são 1.600 até o momento.
No Reino Unido, os dias de sexta e sábado seriam os mais movimentados da temporada devido ao fim do ano letivo e do início das férias de verão. Pelo 50 mil pessoas sofreram interrupções de viagens. O sistema público de saúde do país, o NHS, também enfrentou uma série de problemas, principalmente no agendamento de consultas e exames.
Na Índia, muitos passageiros passaram a noite no aeroporto internacional da capital Nova Delhi. Uma multidão tentou remarcar as passagens num balcão de atendimento.
Já na Cidade do México, todos os voos internacionais estavam cancelados na noite de sexta. "Não sabemos se vão conseguir alterar nosso voo, ninguém tem informações", diz uma das passageiras.
O QUE DIZ A CROWDSTRIKE?
A Crowdstrike, empresa americana responsável pela falha de segurança, disse que tudo já foi corrigido. Mas especialistas alertam que ainda vai levar um tempo para que não exista mais nenhum transtorno.
Isso porque os computadores atingidos precisarão de uma atualização manual. O chefe da Crowdstrike, George Kurtz, se desculpou novamente e pediu que as pessoas fiquem em alerta para golpistas que fingem ser da empresa.