Pai de sobrevivente quer dar festa para reunir vítimas de acidente

Sobreviveu à queda das vigas do Rodoanel sobre a pista sentido São Paulo da rodovia Régis Bittencourt

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O pai da bancária de 21 anos que sobreviveu à queda das vigas do Rodoanel sobre a pista sentido São Paulo da rodovia Régis Bittencourt quer reunir os três sobreviventes do acidente ocorrido na noite de sexta-feira (13) em uma festa para comemorar o que considera "um milagre". As vigas de 40 metros de extensão e 85 toneladas atingiram dois carros e um caminhão. Os três motoristas que ficaram feridos sobreviveram. Luana teve alta ainda na manhã de sábado.

"Luana, vamos juntar os três sobreviventes porque o cara do Celta nasceu de novo", disse Maximiliano Coradi, de 46 anos. "Os três nasceram. O motorista do caminhão, se não tivesse pulado do caminhão, é o que estaria pior", disse Luana.

"Olha, eu acredito em Deus. Agora, mais ainda. Onde tem Deus, eu estou", disse Luana, horas depois do acidente. Ela mostra arranhões no joelho, a marca do cinto de segurança nos ombros e uma quase imperceptível marca na testa. O carro que ela dirigia não tem air bag, mas ela saiu ilesa do acidente. "A gente é abençoado. Quando saí do carro, as pessoas diziam: "Você nasceu de novo", disse Luana.

Luana contou que poucos segundos a livararam do peso da viga de concreto que pararam sobre seu capô. "Eu pensei quando estava passando: ?Imagina se isso cai?. Em três segundos, começou a desabar. Pouco antes, eu ia ultrapassar o caminhão para pegar o Rodoanel rumo a Osasco. Quando eu vi a ponte, ela estava reta e fez uma curva. Aí soltou um pó e desabou. Eu freei. Eu não lembro, mas eu bati no Celta que estava na minha frente, meu carro capotou e a primeira coisa que pensei foi: ?Morri?. Aí soltei o cinto de segurança e sai correndo em direção à BR. Começaram a parar pessoas para acalmar o trânsito. Uma moça me socorreu e emprestou o celular?, contou.

A bancária saiu de sua casa, em Embu, na noite de sexta (13), para encontrar o namorado, Thomaz José Ângelo, em Osasco. Antes de sair, ela parou por alguns segundos para se despedir da mãe, Maria Estênia.

Luana e Thomaz, que namoram há um ano e meio, iam ao aniversário de um amigo comum. "Falei para ele que agora ele me deve um carro novo", brincou ela, que perdeu o Renault Clio 2008. Avisado sobre o acidente, Thomaz foi o primeiro a chegar ao local. Percorreu cerca de 24 km em cinco minutos. "Foi buzina, farol alto e contramão", disse ele, que no final acabou com o carro também arranhado em um estacionamento.

Para Luana, a noite de sexta-feira 13 acabou trazendo boa sorte. A bancária que mora e trabalha em Embu contou que normalmente resiste a usar cinto de segurança entre sua casa e a agência. Mas desta vez ela sentiu necessidade de colocar o equipamento, providência que também salvou sua vida.

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