Pai de engenheira desaparecida espera que a verdade apareça

Advogado dos policiais afirma que eles são inocentes

Engenheira está desaparecida há 2 anos | Ag. O Globo
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Para a familia da engenheira Patrícia Amieiro Franco, desaparecida desde junho de 2008, a tarde desta sexta-feira (17) pode mudar o rumo das investigações sobre o caso. Os quatro policiais militares supostamente envolvidos no desaparecimento serão interrogados no Tribunal de Justiça do Rio, no Centro.

?Peço a Deus que a verdade saia hoje, que Deus ilumine a cabeça dos maus policiais e que eles falem a verdade, o que aconteceu, onde esconderam o corpo. Quero que eles sejam punidos e que a causa vá para júri popular?, disse o pai de Patrícia, o analista de sistemas Antonio Celso Franco.

Dois dos PMs acusados respondem por homicídio doloso qualificado e ocultação de cadáver. Os outros dois respondem apenas pelo segundo crime. Os acusados ficaram presos de junho a setembro de 2009.

O advogado dos quatro policiais militares, Luiz Felipe Alves e Silva, disse que seus clientes são inocentes e que desconhecem onde esteja o corpo e o que aconteceu no dia do desaparecimento de Patrícia. ?Para nós também é um mistério. Contratamos até um perito particular e quero logo também que a verdade venha à tona?, disse.

O advogado acrescentou ainda que os quatro PMs estão fora das ruas e que fazem apenas serviços internos dentro dos batalhões.

Após a audiência, a Justiça poderá decidir se os acusados vão à júri popular.

Ato no Corcovado

Na quarta-feira (15), parentes da engenheira fizeram um ato no Corcovado, no Rio. O objetivo da manifestação era sensibilizar os quatro policiais suspeitos de esconderem o corpo da jovem, que nunca confessaram o crime, para que eles assumam a autoria do fato.

Patrícia, na época com 24 anos, foi vista pela última vez no dia 14 de junho de 2008, quando saía de uma festa no Morro da Urca, na Zona Sul da cidade. O carro da engenheira apareceu com marcas de tiros, nas margens do Canal de Marapendi, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

Aos pés do Cristo Redentor, familiares e amigos fizeram uma oração para a jovem. Patrícia era a caçula da família.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES