O pai do motorista de 21 anos que arrastou uma mulher por cerca de 800 metros disse que a família vai prestar assistência à Maristela. Ele afirmou que lamenta "profundamente os fatos e que realmente foi uma fatalidade". Na tarde desta quinta-feira (17), a Justiça decretou a prisão preventiva do jovem, que foi conduzido para o Presídio Regional de Rio do Sul, no Vale do Itajaí .
"Vamos arcar com todos os custos, sem problema nenhum. Gostaria de dizer também ao senhor Nico, o noivo da Maristela, que tenha muita força e que reze muito. E que a sua companheira logo vai estar ao seu lado de novo, nas suas empreitadas. Estamos orando muito, todos os dias, todas as horas, para que ela se reestabeleça rápido e muito bem", informou o pai do rapaz.
Entenda o caso
Maristela Stringhini, de 40 anos, estava de moto com o marido quando foi atingida pelo carro do jovem após um desentendimento na madrugada de domingo (13). As versões dos envolvidos são contraditórias, mas, segundo a polícia, o capacete dela ficou preso ao eixo do automóvel. Segundo as informações, o condutor não parou para socorrê-la.
Conforme o marido dela, Wolni José Amorim, que pilotava a motocicleta, houve uma discussão e o carro bateu na moto. A mulher caiu e foi arrastada. O suspeito disse que ocorreram duas colisões e que ele não percebeu que estava com a mulher engatada embaixo do carro porque o para-choque quebrou e fazia um barulho muito alto.
Na terça (15), a Polícia Militar divulgou o relatório da ocorrência quando os agentes chegaram até a casa do suspeito. Segundo o documento, o pai do motorista afirmou que o filho "havia saído com o veículo e que estava deitado, pois estava embriagado". Ainda conforme o texto, ao saber da situação, a mãe do rapaz fugiu com o filho pelos fundos da casa, em outro veículo da família.
Em entrevista, o advogado do jovem afirmou que o caso foi uma "fatalidade". Ele garantiu que o rapaz não tinha bebido, pois havia trabalhado na farmácia da família até as 22h de sábado (12) e voltaria ao expediente às 9h de domingo (13).
De acordo com Amir El Haje, chefe do serviço de cirurgia plástica do Hospital Regional do Alto Vale, a mulher deve passar por até 10 cirurgias para poder restabelecer as funções do corpo comprometidas pelo acidente. A expectativa da junta médica é fazer um procedimento cirúrgico a cada 48 horas, a depender da evolução da paciente.