Pai de brasileiro desaparecido no Peru espera encontrá-lo vivo

Mochileiro desapareceu na região de Cusco no dia 21 de dezembro. Área em volta de distrito está sendo cercada por policiais, disse pai

Artur Paschoali, desaparecido no Peru desde 21 de dezembro | Reprodução
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O pai do brasiliense Artur Paschoali, de 19 anos, desaparecido desde 21 de dezembro no Peru, acompanhar a polícia peruana neste sábado (5) durante as buscas pelo rapaz no distrito de Santa Teresa, próximo a Machu Picchu, na região de Cusco. Os trabalhos começaram às 7h no horário local ? 10h em Brasília.

De acordo com Wanderlan Vieira, pai do rapaz, por volta de 9h30 (12h30 em Brasília) a polícia estava começando a cercar a área em volta de Santa Teresa. ?Vamos ficar na entrada da cidade, pois existe a suspeita de que ele possa ter sido preso por alguém. Uma senhora falou que viu dois homens com ele subindo para determinado local no dia 21?, disse o pai.

Vieira também contou que está otimista. ?Nossa expectativa é encontrar o Artur vivo ainda hoje?, disse o pai. Wanderlan seguiu para a região onde o filho desapareceu no início da semana, acompanhado da esposa. Segundo ele, neste sábado mais policiais chegaram ao local das buscas para auxiliar o trabalho, além de agentes de criminalística.

O irmão do mochileiro, Felipe Paschoali, está em Brasília e contou que também tem boas expectativas. ?A gente vai começar a semana com a notícia de que o Artur está com os meus pais. Esta é uma confiança sobrenatural?, disse. Felipe contou, ainda, que os pais chegaram a fazer mais um registro do desaparecimento de Artur nesta sexta-feira (4) em Quilabamba, cidade maior que Santa Teresa, cerca de 150 quilômetros ao norte.

O Itamaraty informou na noite de sexta que a polícia peruana enviou uma equipe multitécnica, especializada em resgates em montanhas e rios, para auxiliar nas buscas de Artur. De acordo com o órgão, cães farejadores ajudarão a equipe. Além disso, o encarregado de negócios brasileiros em Lima agendou reunião com o ministro do Interior do Peru para discutir quais providências adicionais podem ser adotadas.

Na manhã de sexta, a família do rapaz cobrou mais empenho. "O Itamaraty ligou ontem [quinta-feira], às 23h, depois que passou no Jornal Nacional. Disse que está se mobilizando, que está apoiando, mas não fala nada de concreto, não diz o que é esse apoio, não falaram se vão mandar pessoas para ajudar nas buscas, quantas pessoas vão mandar. O Itamaraty tem que fazer algo, e rápido", disse o irmão de Artur, Felipe Paschoali.

O Itamaraty informou que foi comunicado sobre o caso na quarta-feira (2) e que desde então tem se mobilizado para acompanhar e apoiar os pais do rapaz desaparecido. A Embaixada do Brasil em Lima está dando suporte e auxiliando nas buscas, distribuindo fotos e informações sobre o Artur para guias turísticos, agentes de viagens e população local.

O adido policial da Embaixada e o cônsul honorário do Brasil na região de Cusco também estão auxiliando a família. Além disso, o diplomata Carlos Garcete foi designado para acompanhar os trabalhos e agilizar as buscas. A chegada dele a Lima estava prevista para a noite desta sexta. Ele deve permanecer no local até a solução do caso.

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