A vida de seu Edivaldo mudou completamente há 2 anos.Abandonado pela mulher, ele precisa cuidar dos três filhos com uma grave deficiência física, na região metropolitana de Salvador. Erick, 13 anos, Everton, 14, e Emerson, 15,sofrem de distrofia muscular. O pai faz tudo sozinho, cuida dos adolescentes da casa.
— Depois que eles pararam de andar, a mãe abandonou e não quis mais saber deles. Disse que não tinha tempo de cuidar de deficiente e deixou tudo comigo.
Ele vive com apenas uma aposentadoria e só tem duas cadeiras de rodas, que precisam ser divididas com os três garotos. Em casa, os meninos se arrastam pelo chão para se locomoverem.
O laudo médico diz que, dificilmente, eles voltam a andar. A médica afirmou que só tem tratamento nos Estados Unidos, mas ainda não chegou ao Brasil.
— Preciso de tanta coisa, que nem sei o que falar. Eu queria ver meus filhos andando. Ver um filho desses meu andar, pra mim, era o mais importante da minha vida, não queria mais nada.