Padre Tony pede perdão por agressão à viciada de crack

Celina tentou entrar na igreja para beber água e foi agredida pelo segurança

Padre Tony Batista lamentou ocorrido em igreja | Reprodução/ Rede Meio Norte
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O Padre Tony Batista, disse à Rede Meio Norte, durante o programa Agora, que a atitude do segurança que agrediu a mulher conhecida por Celina próximo à Igreja Nossa Senhora de Fátima, na noite deste domingo, 06, foi de desequilíbrio.

?Ele faltou realmente com equilíbrio emocional. Ele podia realmente fazer de maneira diferente?, ao afirmar, o pároco considera que, apesar da mulher passar o dia inteiro provocando ao vigilante, a atitude foi ?desproporcional e injusta? no ato da agressão.

O ato de violência se deu quando Celina, que é viciada em crack, tentou pegar água para beber, no bebedouro da Igreja. ?A única coisa que tenho que fazer é pedir desculpas e pedir perdão, porque foi lá na vizinhança da minha Paróquia?.

Ao apresentador do programa, Silas Freire, Padre Tony lamenta a falta de estrutura para tratamento de mulheres viciadas em crack. ?Deus sabe o quanto é difícil. Não existe um lugar nesta cidade para onde se possa mandar pessoas nessa situação.?

Ainda na manhã desta segunda-feira, 07, o padre fez uma postagem nas redes sociais onde o assunto ganhou grande repercussão, com o seguinte teor:

"Amados e amadas,

Antes de tudo gostaria de falar sobre um acontecimento de ontem à noite no pátio da Igreja de Fátima. A Celina (senhora que foi agredida) é usuária de droga há mais de 20 anos. Nós a acompanhamos. Já foi internada e sempre recai. Agora mesmo estamos tentando interná-la novamente. Fizemos um pequeno apartamento para ela junto da casa paroquial e ela abandonou, alugamos uma casinha num bairro e ela, agora, já deixou a casa. Convivo com ela desde 75. Sou, inclusive, padrinho da sua filha. Sinto-me como o seu protetor. Contudo ela passa o dia todo provocando quando está em crise. Ela e um grupo que acompanha. Agora ela está péssima. Mas todo mundo conhece e já sabe quem ela é. FALTOU AO VIGILANTE O MÍNIMO DE PREPARO PARA LIDAR COM ESSES MOMENTOS. Jamais aceitaria uma coisa dessas. Quando soube procurei a Celina e ela já aceitou voltar para um tratamento de novo. Fica para mim e para as pessoas de boa vontade saber o quanto é diabólico o crack. Rogo perdão (só soube bem depois) por ter acontecido no patamar da nossa igreja. Mas é lá que ela sempre encontra o apoio, o carinho e a ajuda. Toda a comunidade é testemunha. P. Tony."

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