Padrasto mata a facadas dois enteados de 11 e 13 anos

Crime ocorreu após o padrasto ter tentado estuprar enteada

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Uma manhã de terror aconteceu no início da manhã desta quinta-feira (3) em Moreno, na Região Metropolitana do Recife. Na casa onde a família vivia, o padrasto de 28 anos matou a facadas dois enteados - de 11 de 13 anos - após haver tentado abusar sexualmente da garota de 13 anos. O crime foi presenciado pela filha de 9 anos do casal, que conseguiu fugir. A mãe das crianças, Gessica Maria do Nascimento, 29, não estava na casa, localizada na Vila Holandesa.

O crime ocorreu por volta das 5h, quando estavam na residência três dos quatro filhos de Gessica. Aproveitando que as crianças dormiam, o padrasto Robson Jose dos Prazeres, de 28 anos, que estaria drogado e embriagado, tentou abusar da enteada Maria Alice Nascimento, de 13 anos. Nesse momento, a filha do casal, uma menina de 9 anos, presenciou o ocorrido e começou a gritar. O outro enteado do homem, Alex Gabriel dos Santos, de 11 anos, foi para cima do padrasto para tentar evitar o abuso sexual, e o homem esfaqueou os dois enteados. A menina de 9 anos presenciou a morte dos irmãos e conseguiu fugir.

"Meus filhos são tudo na minha vida, tudo que eu tinha", disse Gessica, emocionada. "O sonho da minha filha era ser uma grande advogada. E do meu filho era ser um grande policial", revelou a mãe.

No momento do brutal duplo assassinato, a mãe das crianças não estava em casa - havia, segundo ela, ido à casa do tio, em Jaboatão dos Guararapes. Em estado de choque e chorando, ela contou, na delegacia, que havia deixado os quatro filhos na casa da mãe dela, que mora no mesmo bairro, porém os três maiores decidiram voltar à casa da família - ficou apenas o filho caçula permaneceu com a avó.

"Meus três filhos estavam na casa da avó. O menor estava na casa da outra avó", explicou Gessica. "Como ele tinha saído para beber, eles não ficaram em casa. Eu fui para a casa do meu tio, ajudar ele, que é idoso e cadeirante", explicou a mãe.

Após a barbárie, o homem fugiu de casa, mas a população, juntamente com policiais militares, conseguiu prendê-lo. Ele foi levado para a Delegacia de Prazeres, em Jaboatão, onde também esteve a mãe das crianças. Os corpos das crianças foram enviados ao IML.

Gessica e Robson se relacionavam há mais de dez anos. Ela contou contou que Robson era bastante agressivo com ela e que já existia uma medida protetiva contra ele desde 2015, mas o homem não aceitava a separação. “Ele já tentou me esfaquear, só não fez isso porque meus filhos não permitiram”, disse Gessica. "Ele me batia, me agredia, me esculhambava. Usava todo tipo de droga, maconha, crack, bebia, cheirava pó", ressaltou.

Ainda segundo ela, o homem nunca antes havia agido agressivamente com os enteados e nem com os outros dois filhos."Ele nunca tinha sido agressivo com os filhos. Comigo sim. Ele já tentou me matar. Mas com as crianças não. Já bateu muito em mim. Tirou sangue. Mas o roxo some. Em 2015 bateu em mim pela primeira vez", detalhou.

Segundo Gessica, uma possível causa foi a mudança que ela planejava, com os filhos, para São Paulo. "Ele tinha muito ciúme de mim. Era obcecado por mim. Era um ciúme doentio. Não deixava eu fazer a minha vida. Eu ia para São Paulo, viver com minha tia, com meus filhos, ele estava sabendo disso, e acho que a causa foi essa", revelou.

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