O padrasto suspeito de agredir e estuprar um bebê de 1 ano e 6 meses apenas permitiu que o socorro fosse acionado se a companheira afirmasse aos médicos que os ferimentos foram causados pela queda da criança de uma pia, segundo informações da Polícia Civil. O crime foi em Aspásia (SP), na tarde de terça-feira (23).
“Às 18h ele consentiu que a mãe solicitasse o socorro desde que ela dissesse que o bebê havia caído de uma pia”, conta o delegado responsável pelo caso Sebastião Biasi.
A ambulância foi acionada e o bebê deu entrada na Santa Casa de Jales com a informação do incidente. No entanto, os médicos desconfiaram dos hematomas e acionaram o Conselho Tutelar e a polícia. De acordo com a PM, a mulher, de 18 anos, acabou confessando as agressões do marido, de 24.
Com a força das agressões, alguns órgãos do bebê se romperam. Ele chegou a passar por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesta quarta-feira. O suspeito negou o crime, mas a versão não convenceu a polícia.
“Por que ele não deixou a mãe pedir socorro se esta agressão não teria acontecido? Por isso há indícidios suficientes de que ele agrediu a criança que veio a óbito em razão das lesões", afirma o delegado.
A polícia foi até a casa da família e encontrou um revólver calibre 38. O suspeito foi preso e vai responder por lesão corporal seguida de morte, violência doméstica, cárcere privado e posse de arma. Ele já tinha passagens pela polícia na região de Campinas por roubo e tráfico de drogas. A polícia não divulgou o nome e para qual penitenciária o suspeito será encaminhado.