Pacientes com leucemia enfrentam dificuldades durante a pandemia

Cerca de 43% dos pacientes com câncer tiveram o tratamento impactado pela pandemia de covid-19

Pacientes com leucemia sofrem durante a pandemia | Reprodução
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A leucemia é uma doença que se inicia na medula óssea, onde o sangue é produzido. De acordo com o INCA, no Brasil, a incidência por 100 mil habitantes será de 10.810 novos casos de leucemia, Sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. Fonte: https://www.inca.gov.br/estimativa/estado-capital/brasil  

Por conta da pandemia, muitos pacientes estão sofrendo para conseguir agendar consultas, ter acompanhamento, há falta de sangue e até leitos.

Cerca de 43% dos pacientes com câncer tiveram o tratamento impactado pela pandemia de covid-19, como cancelamento ou adiamento de procedimentos, segundo uma pesquisa online realizada pelo Instituto Oncoguia. Na região Norte, 63% dos participantes da pesquisa afirmaram ter tido impacto no tratamento. A região Sul foi a menos atingida, com 32% pacientes afetados. A pesquisa foi realizada com 566 pacientes oncológicos e seus familiares, desse total, 429 estão em tratamento no momento. Dos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), 60% tiveram impacto no tratamento, contra 33% que utilizam serviço privado de saúde.

Entre esses 43%, os cancelamentos ou adiamentos de tratamentos ocorreram devido a decisões institucionais, ou seja, tomadas pelo hospital ou clínica. Os motivos fornecidos pelas instituições de saúde são: risco de contágio, priorização de pacientes, redução de equipe e impacto na infraestrutura.

Pacientes com leucemia sofrem durante a pandemia (Foto: Agencia Brasil)

Cerca de 12% dos pacientes tomaram a decisão por conta própria e 3% tomou a decisão em conjunto com o médico. Dentre os pacientes que tiveram alterações em seus tratamentos após o início da quarentena, 34% fazem quimioterapia, 31% hormonioterapia, 9% radioterapia e 9% terapia-alvo.

A pesquisa mostrou que 70% dos pacientes oncológicos se consideram grupo de risco para a covid-19. Também contribuiu para esses resultados o fato de que leitos que seriam usados para cirurgias oncológicas estão sendo ocupados por pacientes da Covid-19. Outra explicação é de que, alguns locais que fazem exames de imagem importantes para tratar e diagnosticar tumores, fecharam ou passaram a atender os atingidos pelo coronavírus como prioridade.

Apesar disso, surgiu um novo tratamento que não é necessário o uso de quimioterapia  para Leucemia Linfocítica Crônica (LLC). A LLC é um câncer de progressão lenta no sangue e na medula óssea em que algumas células brancas do sangue chamadas linfócitos B se tornam cancerosas e se multiplicam de forma anormal. Atualmente, ele é tratado somente com quimioterapia, o que gera diversos efeitos colaterais ao paciente.

A Anvisa aprovou recentemente medicamento que não necessitam o uso da quimioterapia, ele é realizado via oral e os pacientes completaram o tratamento no prazo fixo de 12 meses  e a maioria (87%) não apresentou piora da doença em 28 meses de acompanhamento .

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