Organização da Parada Gay diz ter reunido 4 milhões de pessoas

O destaque foi para um grupo de quatro evangélicos batistas que disseram está tentando livrar os gays “de uma vida de sexo livre”.

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Iniciada com uma grande valsa para celebrar seus 15 anos, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo de 2011 teve como tom a celebração da recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que reconheceu como estável a união de casais do mesmo sexo, e a reivindicação da aprovação do Projeto de Lei 122, que criminaliza a homofobia.

Segundo a organização da parada, o evento reuniu 4 milhões de pessoas neste domingo (26) entre 12h e 19h. O número, de acordo com os organizadores, foi calculado com base em dados da Polícia Militar. Um número oficial deve divulgado ao longo da semana. A PM não confirma a estimativa.

Mesmo proibidas, garrafas com bebidas alcóolicas foram vendidas na parada. Somente em um dos quatro ambulatórios montados para o evento, foram registrados 120 atendimentos até 19h deste domingo, a maioria jovens embriagados . ?Parece cenário de guerra?, disse o médico Drauzio Varella, que visitou o ambulatório no final da parada, ao se referir ao ambulatório.

Com panfletos e pregações, um grupo de quatro evangélicos batistas de Santo André (SP) resolveu ir à Parada Gay para tentar "livrar os homossexuais de uma vida de sexo livre, prazeres vazios e vícios" e, segundo este grupo, encaminhá-los ao que chamam do caminho correto indicado por Jesus, longe da homossexualidade.

?Aqui é um momento de diversão passageira, vazia. É uma alegria repleta de vícios, bebida e sexo livre. Depois que passa tudo isso, o que fica? A frustração. A verdadeira alegria é Jesus?, disse Ivo Navarro, 44. ?Eu buscava aquilo, mas quando descobri Jesus vi que a vida não é isso?, afirmou, em tom de pregação.

Já o deputado Jean Wyllys criticou os religiosos contrários ao projeto. ?Esse lema [amai-vos uns aos outros, tema da parada neste ano] aponta para a necessidade de uma reinterpretação do texto bíblico?, disse o parlamentar.

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