Operário atingido por vergalhão diz poder processar a construtora: “Fui salvo por Deus”

Apesar do grave ferimento, ele chegou lúcido e conversando com os médicos.

Homem atingindo por vergalhão. | Reprodução
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Depois de duas semanas internado no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e prestes a ter alta ? hoje ou amanhã, segundo os médicos ?, o operário Eduardo Leite da Silva Duarte, 24 anos, disse nesta terça-feira acreditar que ?foi a mão de Deus? que o livrou da morte.

No dia 15, ele chegou ao hospital com um vergalhão de 1,2 metro de comprimento e 2 cm de espessura atravessado no cérebro, depois da queda da barra de ferro do 5º andar em obra onde trabalhava, em Botafogo.

Apesar do grave ferimento, ele chegou lúcido e conversando com os médicos. ?Hoje, acredito que o que aconteceu comigo realmente foi um milagre?, afirmou Eduardo, que é evangélico.

O médico que chefiou equipe que o salvou em delicada cirurgia de cinco horas, Ruy Castro Monteiro da Silva Filho, também chamou de milagre a sobrevivência sem sequelas do paciente. Nem a memória foi afetada, Eduardo se lembra de tudo.

O chefe da neurocirurgia do Miguel Couto lembrou que, por um só centímetro, a vítima não ficou cega, por três centímetros ficar tetraplégica e, por cinco, com o coração ou pulmão perfurados. ?Ele está bem. A princípio, terá alta até quinta-feira?, acredita Ruy.

Ansioso para deixar o hospital, Eduardo contou que nunca havia sido internado e disse que não descarta processar a Construtora PDG, onde trabalhava. A empresa alega que Eduardo usava equipamentos de proteção individual na hora do acidente e que a obra segue os padrões de segurança.

?Mas, por enquanto, eu quero mesmo é me recuperar bem da saúde. Não vejo a hora de chegar em casa e abraçar meus dois filhos?, afirmou o rapaz. Os parentes do operário, por sua vez, contam as horas para receber Eduardo em casa, no Jardim Palmares, Nova Iguaçu, na Baixada.

?Vamos preparar o prato predileto dele: frango assado com salada e maionese?, adiantou a cunhada, Luciene Aniceto da Costa, 26, lembrando que Eduardo sempre foi pacato e caseiro. ?Ele ama curtir a família?.

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