A primeira cidade flutuante, autossuficiente e sustentável está sendo desenvolvida na Coréia do Sul como uma das muitas alternativas possíveis para o cenário das mudanças climáticas. O projeto é uma parceria entre as Nações Unidas, as autoridades de Busan e a Oceanix, a segunda cidade mais populosa do país, localizada no sudeste do país: em um cenário crescente de ameaça por conta das alterações climáticas causadas pela ação humana, a cidade flutuante surge como um destino possível para proteger populações de inundações, furacões e do próprio aumento do nível dos mares. As informações são da hypeness.com.br/
A ideia é que a Oceanix City, como a cidade está sendo chamada, seja uma solução urbanística que, ao invés de combater a natureza, melhor se integre a ela. “É a visão da primeira comunidade resiliente, sustentável e flutuante, para 10 mil residentes sobre 75 hectares’, diz o texto do projeto, que se desenha dentro das metas de desenvolvimento da ONU para se estabelecer como paradigma para temas como energia, água, alimentação e despejo de lixo em uma construção modular e marítima. A cidade será construída em “bairros” modulares de 2 hectares cada, capaz de receber até 300 residentes, podendo crescer através de novos módulos “encaixados”.
Cada construção sobre as plataformas não poderá passar de 7 andares de altura, para manter um baixo centro de gravidade capaz de resistir ao vento e variações marítimas, e trarão painéis solares que alimentarão as plataformas.
Os “bairros” terão fazendas comunitárias como centro, e nas estruturas posicionadas debaixo da água, recifes, algas, ostras, mexilhões e outros sistemas marinhos servirão como outra fonte de alimento e também como forma de acelerar a regeneração dos ecossistemas e a limpeza dos mares. Cada plataforma funcionará para não produzir qualquer desperdício nem poluição. ”Nós construímos para pessoas que querem viver sustentavelmente através do nexo de energia, água, alimento e lixo”, diz o projeto.
“Construímos comunidades inteligentes de pessoas que se importam com o planeta e cada forma de vida. A humanidade pode viver em harmonia com a vida debaixo da água: não é uma questão de um contra o outro”, conclui o texto.
De acordo com Maimunah Mohd Sharif, diretor executivo do UN-HABITAT, das Nações Unidas, o projeto se apresenta diante de um dilema habitacional que não é mais opcional. “Em vez de lutar contra a água, vamos aprender a conviver em harmonia com ela. Esperamos desenvolver soluções de adaptação climática baseadas na natureza por meio do conceito de cidade flutuante, e Busan é a escolha ideal para implantar o protótipo”, afirmou o líder do programa na ONU.