A mobilidade promovida pelos ônibus são uma faca de dois gumes para quem reside próximo ao ponto final de ônibus do Bairro Saci. O ruído provocado pelo constante vai e vem de automóveis tira o sossego de quem mora nas redondezas da parada final.
Moradores do bairro falam que alguns motoristas chegam a discutir por causa de veículos estacionados na rua e que chegam a sofrer danos físicos no imóvel, que sofrem rachaduras nas paredes externas devido ao frenesi de veículos circulando no local.
O publicitário Joeldo Veloso teve o muro da casa atingido três vezes por um ônibus coletivo. Ele mora em uma esquina que os motoristas de ônibus utilizavam para fazer a manobra de retorno antes de estacionarem definitivamente na parada final.
No primeiro acidente, o ônibus foi estacionado de forma errônea, desceu rua abaixo e atingiu a casa, quebrando o muro e invadindo o terraço. A empresa de ônibus procedeu com a manutenção do acidente.
"Eles batem no muro quando vão fazer o retorno. A via é estreita e o veículo é de grande porte. Eles precisam fazer uma curva fechada para conseguir dobrar e por diversas vezes acabavam colidindo o veículo no muro.
Das duas últimas vezes só descobri quando cheguei em casa e me deparei com a rechadura. Da última vez, quando procuramos a empresa, negaram o fato e disseram que não foram eles, mas meu sobrinho viu tudo e anotou a placa do veículo", lembra o publicitário, que está acostumado com o incidente.
De acordo com Joeldo, o gerente da empresa assegurou o envio de um técnico para analisar a área do muro atingido pelo ônibus, mas até agora nada aconteceu. "Já faz mais de um ano e até agora nada. Acabamos deixando para lá", desabafa.
O problema atual é outro, pois com a mudança no tráfego de acesso à parada final, os ônibus entram por vias estreitas e sem asfaltamento do residencial Velho Monge, atrapalhando os moradores da rua.
Segundo relatos, os motoristas chegam a discutir com os habitantes quando encontram veículos particulares estacionados próximos das esquinas.
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) avisa que os prejudicados devem entrar com um processo de denúncia no protocolo do órgão para que as devidas providências possam ser tomadas. A Strans enviará fiscais ao local para averiguar o que está acontecendo e aplicar a devida punição caso as irregularidades sejam constatadas.