“Onde está mamãe?”, pergunta a filha de uma das vítimas em BH

A preocupação cresceu quando descobriu que a menina, de férias, estava no veículo acompanhando um dia de trabalho da mãe, que tinha 25 anos.

Equipes de resgate retiram ônibus preso pelos escombros | Ney Rubens / Especial para Terra
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Parentes e amigos da motorista morta na queda de um viaduto na tarde desta quinta-feira estavam entre os tantos que acenderam ao Hospital Risoleta Neves para acompanhar o desenvolvimento do estado de saúde dos feridos no acidente.

Ânderson Elisiano, músico e ex-marido de Hanna Cristina dos Santos, temeu que o acidente pudesse envolver a mãe de sua filha quando enxergou as imagens do ônibus esmagado nas redes sociais e identificou o número do coletivo. A preocupação cresceu quando descobriu que a menina, de férias, estava no veículo acompanhando um dia de trabalho da mãe, que tinha 25 anos.

"O que mais me machuca é ela (a menina) todo tempo perguntando "onde está a mamãe?", contou Ânderson no hospital. Ele acompanha o estado de sua filha, uma das mais de 20 pessoas feridas na queda do viaduto ainda em construção que integrava as obras da Copa do Mundo em Belo Horizonte.

Emiliano Luiz Nunes Regada também foi ao hospital para ficar ao lado de sua filha, cobradora do coletivo destruído e uma das 13 pessoas que conseguiram ser retiradas do ônibus com ferimentos leves. Segundo lhe relatou sua filha, não passou de uma fração de segundo o tempo necessário para o todo o bloco em construção desabar sobre quatro veículos. "Como são pobres, não vai dar em nada?, lamentou.

Em nota, a prefeitura de Belo Horizonte lamentou o "grave acidente" e anunciou a criação de um comitê com técnicos do município e da Cowan, empresa responsável pela obra, para investigar as causas do colapso.

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