Os oficiais da Cavalaria da Polícia Militar participaram do XXX Concurso Nacional de Hipismo, em Brasília (DF) e conseguiram resultados inéditos para o Estado.
Dos 230 oficiais de 12 estados do país, quatro competidores são piauienses, deste número, dois conquistaram classificação em três categorias: o major Jamson Lima, que conquistou o segundo e o terceiro lugares de duas categorias; e o Cabo Edmílson, campeão geral civil e militar (prova 1m).
A equipe do Jornal Meio Norte entrevistou, no Comando Geral, o major comandante do Esquadrão de Cavalaria da Polícia Militar do Piauí, Jamson Lima, que alcançou o terceiro lugar geral (prova principal de 1.10m) e o segundo lugar (prova de 0,90cm). Ele confessa que apesar dos bons resultados nos três dias de provas, os cavalos da PM não são treinados, especificamente, para a prática esportiva.
"Os nossos cavalos não têm o mesmo trato que a maioria dos que competiram. Porque os nossos são mais usados para policiamento e até desfiles, ou seja, não são exclusivos para o hipismo. Já os demais têm uma alimentação especial e são usados só para treinar o hipismo. Por isso que para a gente foi mais gratificante esse resultado", destaca.
Segundo o major Jamson Lima, o resultado positivo no concurso não era esperado. A prática do hipismo é uma constante nas cavalarias da Polícia Militar por ajudar os oficiais a manterem a forma. Além disso, são desenvolvidas aulas de equitação para crianças carentes.
"O esporte hípico já é tradição das cavalarias. Nós praticamos aqui, mesmo com algumas limitações. Mas mesmo assim, não esperávamos esse resultado. Já estávamos satisfeitos só por participar do evento e de estar no meio de algumas referências do esporte no país. Foi uma boa surpresa", afirma o oficial.
Para o major Jamson Lima, o sentimento de ser premiado no concurso é de realização pessoal por representar a PM e o Estado. "É uma sensação de dever cumprido.
Uma realização pessoal, mas também é uma realização para a Polícia Militar, porque estávamos representando também o Estado, tanto é que subimos com a bandeira do Piauí, que não é uma referência no hipismo", declara.
Polícia Militar do Piauí completa 180 anos
A Polícia Militar do Piauí está completando 180 anos e um dos motivos para comemorar é o serviço oferecido pelo Centro de Equoterapia da PM. A equoterapia é um método alternativo que utiliza o cavalo auxiliar na reabilitação e tratamento de pessoas com deficiências físicas, mentais ou necessidades especiais em geral.
Os espaços oferecem terapia, gratuitamente, para a comunidade e funcionam nas sedes dos Esquadrões Independente de Polícia Montada (EIPMon), em Teresina e Parnaíba.
Atualmente, o atendimento equoterápico é realizado de segunda a sexta-feira, nos turnos manhã e tarde. O centro, em Teresina, possui cerca de 90 praticantes, sendo realizadas até três sessões de equoterapia diferentes concomitantemente. As sessões duram cerca de 45 minutos. Em Parnaíba, o atendimento é prestado a 40 praticantes.
A equipe é formada por fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, assistente social, psicólogo, fonoaudiólogo, psicólogo, dentre outros. Na capital, o centro possui 19 profissionais, sendo 13 policiais militares e seis civis.
De acordo com o major Jamsom, o centro vem se esforçando para aumentar o número de profissionais e estrutura para atender toda a demanda, uma vez que a terapia ainda possui uma lista de espera.
Poliana Costa, mãe do Carlos Eduardo, ressalta que mesmo com pouco tempo na terapia o seu filho já apresenta melhoras. "O médico recomendou que o meu filho praticasse equoterapia porque ele tem autismo leve e é hiperativo.
Ele pratica a um mês e meio, e já apresenta evolução na concentração. Essa é uma das terapias que ele está fazendo, e a concentração dele vem melhorando", conta.