OAB-DF decide tirar site da instituição do ar

Site foi retirado do ar para fazer a atualização com os novos membros da Ordem

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A assessoria de imprensa da OAB-DF informou nesta sexta-feira que o site da instituição estará fora do ar pelos próximos dias. Segundo o órgão, ele está em fase de reformulação e atualização de dados, uma vez que apresentava os nomes e dados da gestão anterior em seu conteúdo.

Desde que o novo presidente do órgão, Francisco Caputo, assumiu o comando da Ordem no DF todas notícias sobre o escândalo que ficou conhecido como mensalão do DEM saíram do ar no site. Hoje, a assessoria da OAB havia informado que, no último dia 5, o site foi retirado do ar para fazer a atualização com os novos membros da Ordem. A assessoria informou ainda que entraria em contato com a empresa que faz a manutenção e que solicitaria que todas as notícias, inclusive as contra Arruda, fossem colocadas de volta no site.

De acordo com a nota divulgada, a OAB-DF diz que o "processo de mudança acarreta adequações e pode produzir falhas de funcionamento. Para evitar transtornos e apresentações incompletas, o site estará fora do ar pelos próximos dias."

As denúncias do mensalão do DEM tiveram início no fim do ano passado, quando quem presidia a Ordem no DF era Estefânia Viveiros. Na época, com a divulgação de diversos vídeos que estrariam o suposto envolvimento do governador do DF, José Roberto Arruda, e sua cúpula em um esquema de pagamento de propina, a OAB-DF deu entrada com pedidos de impeachment na Câmara Legislativa e a indignação da Ordem diante do escândalo era nítida em seu site com a veiculação de diversas notícias contra Arruda.

Entenda o caso

O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados nas últimas semanas, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

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