'O sonho acabou nessa madrugada', diz diretor da Chapecoense

“Já voamos várias vezes nesses avião”, afirma diretor

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O presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho, e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, que quase embarcaram no voo que caiu na Colômbia. Por motivos os profissionais ambos não puderam embarcar.

"Eu, particularmente, voei com esse avião. Estivemos em Barranquilla e voamos com esse mesmo avião. O piloto entrou em contato comigo, às 9h, dizendo que a Anac não havia liberado para que ele pudesse pousar em Guarulhos, pedindo apoio, inclusive, porque a gente já se conhecia. Mas aí optamos em voar à tarde, em voo regular, fazendo uma ponta em Bogotá. Voltaríamos com esse voo, fazendo uma escala em Santa Cruz, e iríamos pousar, como já pousamos, no aeroporto internacional de Foz do Iguaçú", detalhou o prefeito.

"Montamos um QG no próprio vestiário. Falei com a minha senhora. Ela está indo de encontro às senhoras dos jogadores e dos dirigentes. Existem amigos de uma vida toda que estavam no voo. (...) Esse grupo dentro da Chapecoense, entre atletas e direção, não era apenas um grupo de respeito mútuo, mas familiar. Grupo de amizade, todo mundo ria muito, mesmo nas derrotas. Nós viviamos em uma harmonia muito grande. Ontem de manhã, eu me despedindo, eles me diziam que iam em busca para tornar esse sonho uma realidade. Compartilhamos esse sonho, muito emocionados. E esse sonho acabou essa madrugada", chorou Plínio.

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