Imagine Paris sem a iluminação da Torre Eiffel e o Portão de Brandenburgo, em Berlim, totalmente no escuro. Ainda pense na esfinge e as pirâmides do Cairo; a Fontana di Trevi, em Roma; a ponte Golden Gate em São Francisco; a Catedral de Lima; a estátua de Alexandre O Grande, na Grécia; a Cidade Proibida, em Beijing; o Forte Vermelho, na Índia e o segundo maior prédio do mundo, Taipei 101, em Taiwan, todos apagados.
Pois no dia 27 de março, é isso que vai acontecer: o cenário das cidades ao redor do mundo será bem diferente do que o usual. Das 20h30 às 21h30, 2.383 cidades em 117 países participarão da Hora do Planeta 2010 e irão desligar as luzes de seus monumentos mais conhecidos e maiores construções para mostrar a preocupação com as mudanças climáticas e a degradação ambiental. No total, serão 812 ícones sem luz.
As três cidades situadas mais ao norte no globo, Murmank (Russia), Hammerfest (Noruega) e NuuK (Groelândia), e as três mais ao sul, Hobart (Austrália), Ushuaia (Argentina) e Queenstown, na Nova Zelândia, também estão engajadas na Hora do Planeta 2010 e levarão o movimento literalmente de norte a sul da Terra. E vai ser inclusive na Nova Zelândia que o movimento global irá começar. Pelo fuso horário, as Ilhas Chatham serão o primeiro local a apagar suas luzes.
No Brasil, até o momento, 145 monumentos e locais públicos serão apagados. A falta de iluminação no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; na Ponte Estaiada, em São Paulo; no Palácio de Cristal, em Curitiba; no Palácio Dante Martins de Oliveira, em Cuiabá; no Palácio Rio Branco, em Rio Branco; no Arco da Praça Portugal, em Fortaleza; passarão aos brasileiros o recado da necessidade de conter o desmatamento e proteger os ecossistemas terrestres e aquáticos e a biodiversidade do nosso país.
A cinco dias da noite do evento, a Hora do Planeta no Brasil, que é liderada pelo WWF-Brasil, tem o apoio de 42 cidades - das quais 11 são capitais e representam todas as regiões -, de dois governos estaduais - Acre e Minas Gerais -, de 1.328 empresas e 226 organizações, além dos patrocinadores Coca-Cola Brasil, TIM, Walmart e HSBC. A construtora Rossi também está financiando a iniciativa.
Realizada pela primeira vez em 2007, em Sidney, na Austrália, a Hora do Planeta 2010 superou todos os recordes de adesões dos anos anteriores e tem se espalhado ainda mais pelo mundo. 33 países, entre eles o Nepal, Mongólia, Arábia Saudita, Nigéria, Paraguai, Uruguai e Marrocos, participam pela primeira vez e levam a mensagem de preservação do planeta a novas regiões.