A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou hoje (25/04) que o número de casos de infecção com o vírus zika pode aumentar de forma significativa na Europa.
"A possibilidade de uma transmissão local", com a chegada dos mosquitos à Europa, e prováveis transmissões por via sexual, poderão se traduzir num aumento significativo do número de pessoas infectadas pelo zika e de complicações médicas ligadas ao vírus, afirmou, em Paris, a assistente da diretora-geral da OMS, Marie-Paule Kieny.
Segundo ela, duas espécies de mosquito Aedes, "conhecidas por transmitir o vírus zika, vão começar a circular na Europa, à medida que "as temperaturas começarem a subir."
Zika deve atingir o Brasil todo, mas com impacto menor, diz diretor do Ministério da Saúde.
Marie-Paule Kieny frisou que "o mosquito não conhece fronteiras." Mais de 600 peritos e investigadores reúnem-se até terça-feira (26) , no Instituto Pasteur, para debater a zika, vírus que causa nos fetos microcefalia, um subdesenvolvimento do crânio e do cérebro.
O zika propagou-se, desde o fim de 2014, no Brasil, onde foram identificados mais de 1,5 milhão de infecções, na Colômbia e no Caribe, via mosquitos Aedes aegypti. Três a quatro milhões de casos são esperados no continente americano. Em sete países europeus, incluindo Portugal, foram anunciados vários casos de infecção.
A OMS já declarou a epidemia como "emergência de saúde pública internacional". Os cientistas procuram saber quanto tempo o vírus pode permanecer no corpo humano e o grau de risco de transmissão por via sexual.