Número de queimadas chegam a 4.253 no Piauí, aponta Inpe

Corpo de Bombeiros está recebendo cerca de 15 chamadas por dia.

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As queimadas no Piauí, de janeiro a setembro, já chegaram a 4.253, de acordo com o boletim do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No ano passado, no mesmo período, tinham sido registradas 8.262 queimadas. Nos cerrados brasileiros foram registradas 45.117 queimadas enquanto na caatinga, houve 4.965 queimadas.

Um incêndio de grandes proporções, com 12 focos, destruiu uma área de 1,5 quilômetro das margens da rodovia BR-316, próximo da subestação de energia elétrica da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), no trecho que liga Teresina à cidade de Demerval Lobão.

O fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros. O sargento Jaime, chefe da Guarnição do Primeiro Socorro de Incêndio do corpo de Bombeiros, afirmou que quatro homens controlaram as chamas, que começaram às 15h30 e foram controladas às 16h40. “Foi mais de uma hora de combate ao fogo. Foi mais ou menos 1,5 quilômetro de fogo, não ocorreram danos materiais, só ambientais, porque não tinha casa próximo”, falou o sargento.

Segundo ele, o outro grande dano foi a visibilidade dos motoristas na rodovia BR 316, porque o fogo era alto e a fumaça intensa. “Realmente tinha muito fogo, a causa do incêndio foi natural, em virtude das altas temperaturas. Não há risco de o fogo chegar à estação da Chesf, porque nós já controlamos”, disse.

O Corpo de Bombeiros está recebendo cerca de 15 chamadas por dia para combate a focos de incêndio em Teresina e na região. Na tarde desta segunda-feira uma guarnição do Corpo de Bombeiros foi controlar fogo na região de Altos. No interior do Piauí, alguns incêndios de matas atingiram casas.

Registros

O número de queimadas aumentou 65% de janeiro até setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado em todo o Brasil. O registro foi feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Segundo o coordenador de Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais do Inpe, Alberto Setzer, o País está no início da temporada de queimadas, que atinge o pico em setembro. Ele alerta sobre a necessidade de intensificar a fiscalização para evitar que a população coloque fogo na vegetação nesta época do ano – a ação do homem, aliada ao tempo quente e seco, é uma das principais causas dos incêndios florestais.

"Como estamos no início da temporada de queimadas, ainda não sabemos como será este ano. Tudo vai depender de como vai ser a fiscalização, porque, do ponto de vista do clima, a situação está muito difícil", diz o pesquisador.

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