No Rio Grande do Sul, os temporais e enchentes resultaram em um trágico saldo de 169 mortes, conforme indicado no boletim divulgado pela Defesa Civil estadual às 9h de domingo (26). Alarmantemente, 56 indivíduos continuam desaparecidos. Além disso, quatro fatalidades foram atribuídas à leptospirose, uma doença transmitida pelo contato com água contaminada, e o estado enfrenta um surto com 800 casos suspeitos.
GUAÍBA ENCONTRA-SE ESTÁVEL
Na manhã de domingo (26), o nível do Guaíba mantém-se estável, embora continue acima dos 4 metros. Às 6h, a medição apontou 4,13 metros na régua do Cais Mauá, conforme informações da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). No sábado, o Guaíba havia começado a recuar, marcando 4,07 metros às 19h.
RECONSTRUÇÃO LEVARÁ TEMPO
Das 497 cidades do estado, 469 foram impactadas pelas enchentes. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), estimou que a recuperação das regiões afetadas possa demandar entre seis meses e um ano.
"Para as famílias mais carentes, de baixa renda, que perderam suas casas, a gente está já encaminhando a construção de casas definitivas, em modos construtivos rápidos, que são, por exemplo, blocos de concreto, sempre olhando terrenos que não tenham sido atingidos pelas inundações, sempre olhando uma reconstrução que tem que respeitar essas novas condições climáticas, o novo patamar que o rio tenha alcançado. Então, essa reconstrução precisa ter esse olhar também", disse.
PREVISÃO DO TEMPO
Nesta segunda-feira (27) e terça-feira (28), prevê-se o retorno da chuva ao estado do Rio Grande do Sul, especialmente com pancadas fortes previstas para o Litoral, Região Metropolitana, Serra e Região dos Vales. O Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS emitiu um alerta, indicando que a previsão de até 40 milímetros de precipitação pode impactar áreas da bacia do Guaíba durante o dia de segunda-feira.