Novos ataques no Norte de Israel deixam milhares de pessoas desabrigadas

Foram mais de 100 mísseis, aonde maior parte atingiram os subúrbios de Haifa.

Casas destruidas no Norte de Israel. | Foto: AFP
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Após novos ataques de foguetes disparados pelo Hezbollah a partir do Líbano, o norte de Israel vive um cenário de caos, com milhares de pessoas buscando refúgio em abrigos antiaéreos neste domingo (22).  Foram mais de 100 mísseis, aonde maior parte atingiram os subúrbios de Haifa, uma das principais cidades do Norte de Israel, gerando incêndios, danos em edifícios e veículos. 

BOMBARDEIOS 

Em resposta, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que "Israel não tolerará ataques contra seus habitantes e cidades". Ainda neste domingo (22), o Exército de Israel anunciou que serão efetuados novos bombardeios contra os alvos no sul do Líbano. 

“Durante a noite e nas primeiras horas da manhã, cerca de 150 foguetes, mísseis de cruzeiro e drones foram disparados contra o território israelense, a maioria em direção ao norte”, afirmou a força. 

Segundo eles, houve um baixo número de impactos e sem grandes danos. O serviço de resgate israelense informou que pelo menos quatro pessoas ficaram feridas por estilhaços, sendo três delas próximo de Haifa. Já o Ministério da Saúde do Líbano comunicou que três pessoas morreram em decorrência dos ataques.

Em contrapartida, Hezbollah afirmou que foi uma “primeira-resposta” em decorrência dos ataques cibernéticos sofridos por seus sistemas de comunicação, na terça (17) e quarta-feira (18).

CONSEQUÊNCIAS GRAVES

A Defesa Civil de Israel fechou escolas no norte do país, até 80 km da fronteira com o Líbano. Em Haifa, escolas e escritórios foram esvaziados. A troca de tiros na fronteira se intensificou desde explosões atribuídas a Israel, que mataram 39 e feriram 2.931 nos redutos do Hezbollah. 

Na sexta-feira, um ataque israelense em Beirute matou 16 membros da milícia, incluindo seu líder, Ibrahim Aqil.  A coordenadora especial das Nações Unidas para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert alertou para uma "catástrofe iminente" e reafirmou que não há solução militar para o conflito.

Grupos pró-Irã no Iraque reivindicaram ataques com drones contra Israel, que interceptou "objetos voadores suspeitos". A escalada na fronteira com o Líbano fez o premiê libanês, Najib Mikati, cancelar sua ida à ONU, pedindo o "fim dos massacres israelenses". Após o fracasso nas negociações de cessar-fogo em Gaza, Israel incluiu a fronteira libanesa entre seus alvos para facilitar o retorno de deslocados.

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