Um tremor de 4,5 graus na escala Richter, uma réplica do devastador terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira, foi registrado neste sábado (16) no país caribenho, voltando a espalhar o pânico entre os haitianos, informou o Instituto Geológico dos Estados Unidos. Um porta-voz do órgão disse à Agência Efe que, desde o grande terremoto de terça-feira, mais de 50 réplicas fizeram o Haiti tremer de novo.
O terremoto de hoje, que segundo informações vindas de Porto Príncipe assustou quem está na capital haitiana, foi sentido por volta das 11h (14h de Brasília). O epicentro do novo tremor foi localizado 25 quilômetros a oeste de Porto Príncipe, onde, por precaução, os trabalhos de resgate foram suspensos temporariamente. No entanto, cinco minutos depois, as equipes voltaram a trabalhar contra o relógio em vários pontos da capital em busca de sobreviventes.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 de Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país. A Cruz Vermelha do Haiti estima que o número de mortos ficará entre 45 mil e 50 mil. Na quarta-feira, o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, havia falado de "centenas de milhares" de mortos.
O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 14 militares do país que participam da Minustah morreram em consequência do terremoto. A brasileira Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, também morreu no tremor. Diferente dos dados do Exército, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, aumentou hoje o número de mortos para 17 - considerando as mortes de Luiz Carlos da Costa, funcionário da ONU, e de outro brasileiro que não identificou -, segundo informações da "Agência Brasil".