Uma nova greve dos trabalhadores do setor de transporte coletivo urbano pode acontecer na próxima segunda-feira, 08 de fevereiro, por tempo indeterminado em Teresina. A categoria decidiu pelo movimento durante uma assembleia geral extraordinária realizada no dia 26 de janeiro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (SINTETRO).
O setor prevê a paralisação caso as empresas não cumpram o Termo de Compromisso firmado entre SINTETRO e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), referente ao pagamento do salário dos trabalhadores de forma integral, que entre eles estão: Motoristas R$2.028,22, Cobradores R$ 1.188,87, Fiscais/Despachantes R$ 1.337,68.
Em nota enviada ao Meionorte.com, o SETUT informou que eles ainda não foram comunicados oficialmente do movimento grevista. “A entidade lamenta a mobilização, que causa prejuízos e transtornos aos teresinenses que necessitam, diariamente, utilizar o transporte público”, aponta o comunicado.
Segundo Francisco Souza, Secretário de Assistência e Previdência Social do SINTETRO, já foram feitas três mesas de negociações, e não se chegou a nenhum acordo. “A proposta apresentada pelos empresários é de reduzir 50% dos cobradores, sendo ainda bem enfáticos que os mesmos não querem pagar o Ticket Alimentação, nem o Plano de Saúde, uma outra proposta é que se o ônibus quebrar as horas paradas não contarão como jornada, as peças danificadas ou quebradas serão descontadas do salário dos trabalhadores, na assembleia anterior ficou decidido que se o SETUT não assinar a Convenção Coletiva de Trabalho de 2021, até dia 8 de fevereiro entraríamos em greve por tempo indeterminado”, disse.
Para o Secretário Jurídico José Esmerindo, a assembleia da segunda (26), teve como finalidade deliberar a greve. “Nós temos o acordo assinado pelo SETUT de janeiro do ano passado com reajuste de salário de 4,48%, que os empresários só cumpriram de janeiro a março, e voltaram a pagar o salário do ano de 2019, porém o prefeito deu aumento de tarifa, e nem com a pandemia foi baixado o valor da passagem, e não podemos abrir mão de nossos direitos, porque tudo que temos até hoje foi conquistado com muita luta”, reiterou.
Paralisações da categoria em Teresina
Na semana passada, os servidores do transporte coletivo urbano de Teresina realizaram uma paralisação que durou três dias. Após negociações junta a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), o movimento cessou. A categoria estava exigindo pagamento de tickets de alimentação e plano de saúde aos servidores, além do reajuste salarial. Mesmo após a Prefeitura de Teresina liberar R$ 600 mil mensais para o custeio das demandas dos trabalhadores, eles permaneceram com o movimento após não receberem o repasse da gestão, como informou o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), em nota ao Meionorte.com. Na decisão, a prefeitura se comprometeu em realizar o pagamento que será creditado na conta do SETUT.