A noite desta quarta-feira, 30 de agosto, apresentará uma Superlua Azul. A expressão "Blue Moon" é utilizada para descrever a segunda lua cheia dentro de um mesmo mês, e a lua cheia de hoje terá um tamanho maior e um brilho mais intenso. Isso ocorre porque ela estará no ponto mais próximo da Terra em sua órbita, conhecido como perigeu.
Além disso, a Blue Moon foi fonte de inspiração para uma das canções mais reconhecidas globalmente, criada por Richard Rodgers e Lorenz Hart. Essa música ganhou imortalidade através de vozes como as de Frank Sinatra, Elvis Presley, Ella Fitzgerald e Billie Holiday.
O momento de maior proximidade entre a Terra e a Lua está previsto para as 22h35, no horário de Brasília, quando a Lua estará a uma distância de 357.181 quilômetros da Terra. Conforme informações do Observatório Nacional, a distância média até nosso satélite natural é de aproximadamente 384.400 quilômetros.
A astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento, explica que a ocorrência de uma Superlua acontece de uma a seis vezes por ano. Em alguns casos, a proximidade é ainda mais marcante devido à órbita elíptica da Lua, que não é perfeitamente circular.
Esse ponto de maior proximidade ocorre quando ela se encontra no perigeu, como na noite de hoje. O ponto mais afastado chama-se apogeu. “Os observadores poderão notar uma lua mais brilhante do que outras luas. O fenômeno poderá ser visto em todas as regiões do planeta”, explica Josina Nascimento.
Segundo a astrônoma, todas as luas cheias nascem no horizonte (a leste), quando o Sol se põe (a oeste), e se põem (a oeste) quando o Sol nasce (a leste), portanto é possível ver a Lua durante toda a noite e de qualquer lugar do país.
Josina acrescenta que uma boa hora para observar a Superlua é quando ela estiver mais próxima do horizonte, logo após o pôr do sol, ou no dia seguinte, antes do nascer do Sol. Nessa posição, ela parecerá ainda maior, podendo apresentar “belas variações de tonalidade, devido às partículas suspensas na atmosfera”.
"O evento de uma Superlua atrai ainda mais os olhares para o céu, nos ajudando a divulgar e popularizar a ciência. E, além disso, é um evento que pode ser visto por muitas horas (durante toda a noite), de qualquer lugar do mundo e por qualquer pessoa, porque é visível a olho nu”, finalizou a astrônoma.
(Com informações da Agência Brasil)