No Piauí, aluna cega acompanha atividades escolares em casa

Mesmo com a deficiência visual e 63 anos, Maria do Desterro não mede esforços para continuar estudando neste momento de pandemia.

Aluna Maria do Desterro | Divulgação
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O significado do seu nome já diz muito: alguém que não admite superficialidade e covardia. Muito produtiva e eficiente, faz de sua bandeira a prudência e a disciplina. Nascida em Açude Novo, interior do município de Cocal de Telha, Maria do Desterro dos Santos, 63 anos, deficiente visual desde um ano e três meses de idade, aluna do Centro Educacional de Jovens e Adultos (Ceja) Professora Mulata Lima, da cidade de Campo Maior, não mede esforços para continuar estudando neste momento de pandemia.

“Eu acordo cedinho, passo meu café, arrumo minha casa e quando tem aula, espero a professora que me acompanha para fazer as minhas atividades. Gosto muito de estudar, estou aprendendo mais a cada dia”, conta Desterro. Ela mora sozinha e realiza suas atividades de casa, também, sozinha. Aluna do terceiro ano do Ensino Médio da escola, a estudante conta que, apesar do momento, não perdeu a vontade e nem o esforço em manter os trabalhos escolares em dia.

As atividades de Maria do Desterro são elaboradas pelas professoras do Ceja e repassadas para as professoras da Associação dos Deficientes Visuais de Campo Maior (Advic), entidade beneficente sem fins lucrativos que atua na modalidade de atendimento de ensino especializado e presta atendimento a deficientes visuais e baixa visão.

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