No interior da Paraíba, família vela corpo de aposentado por engano

“Assim que o caixão chegou, notei logo algo errado. Eu queria até tirar as flores, mas tinham muitas crianças no local e achamos melhor não”, disse.

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A família do aposentado Luiz Gonzaga Fonseca, de 69 anos, passou a noite velando o corpo de outra pessoa. Quando o caixão chegou, na comunidade Corvoado, em Pedras de Fogo (distante 54 quilômetros de João Pessoa, na região da Mata paraibana), uma das filhas, Marilene Fonseca, desconfiou que havia algo errado.

"Assim que o caixão chegou, notei logo algo errado. Eu queria até tirar as flores, mas tinham muitas crianças no local e achamos melhor não", disse.

O aposentado morreu na última sexta-feira (9), mas estava internado no Hospital de Emergência e Trauma Senandor Humberto Lucena, em João Pessoa, desde o dia 22 de outubro, vítima de uma queda. O genro do idoso, Wellington Silva, foi o responsável por reconhecer o corpo na unidade hospitalar.

Na manhã deste sábado (10), uma ligação do serviço social do Hospital de Trauma confirmou a troca. Duas assistentes sociais foram até a casa onde o corpo estava sendo velado, mas não quiseram gravar com a imprensa.

Depois da confusão, o carro da funerária levou o corpo de volta para o hospital. Neste momento, foi esclarecido que o corpo que a família de Luiz Gonzaga velou durante toda a madrugada, era o de Francisco Roque da Costa, 76 anos, que morava em Araruna (distante 219 quilômetros da Capital, no Agreste da Paraíba). O corpo dele era para ter sido levado por Aderaldo Medeiros, motorista da funerária de Araruna.

O Hospital de Emergência e Trauma informou que a família de Luiz Gonzaga pode ter reconhecido o corpo errado, já que o documento de liberação está assinado pela viúva dele. Por conta desta troca, a coordenadora do Serviço Social, Francisca Neuma Ribeiro, foi até a delegacia formalizar um Boletim de Ocorrência (BO).

Na tarde deste sábado (10), os dois corpos foram levados para a Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol), no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa, para serem liberados e enterrados por suas famílias.

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