Denis Furtado é uma sumidade em redes sociais - mas sua defesa começa a se desfazer delas. Nesta quarta-feira (18), a conta do Instagram do Dr. Bumbum foi excluída - logo a que tinha meio milhão de seguidores. Até as 9h, o canal no YouTube e o perfil do Facebook ainda estavam no ar.
Era no Instagram que Denis se exibia mais: enaltecia suas técnicas em bioplastia e mostrava várias fotos de "antes e depois" de glúteos. Primeiro tenente-médico do Exército, O Dr. Bumbum também aparecia em fotos de farda.
Na web, antes de ter a prisão decretada pela morte de uma paciente após realizar cirurgia em sua cobertura, ponderava que a qualidade do médico depende do quão perseguido seja pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).
O procedimento estético ocorreu no último sábado e a paciente, Lilian Calixto, morreu horas depois, já na madrugada de domingo. Ele não tinha registro ativo no conselho regional do Rio e foi indiciado por homicídio doloso e associação criminosa, junto com a mãe, a namorada e uma funcionária.
"A medicina é cerceada pelo conselho, e médicos como eu que buscam inovar, são tão perseguidos que pensam em desistir e deixar pra lá estudar e se atualizar, e se render ao sistema que na minha opinião, lucra mais com doença que com saúde, perseguindo e vetando qualquer novidade que ameace a indústria e as mentiras já impostas como fatos [sic]", escreveu.
Ele, que é réu em mais de 10 processos no Tribunal de Justiça do Rio, escreveu em janeiro que o país precisava voltar a ter "ter valores e padrões dentro da normalidade e do bom senso". Na polícia, tem passagem por homicídio, porte de arma, crime contra a ordem pública, resistência a prisão, exercício arbitrário da própria razão (quando a pessoa excede a legítima defesa) e violação de domicílio.
A causa da morte de Lilian ainda não foi divulgada. Ela foi à casa do médico de táxi, que ficou na portaria aguardando. Com a demora, o taxista ligou para a passageira. Denis deu R$ 300 ao motorista e o dispensou, dizendo que Lilian ia demorar porque era um jantar.
De carro e acompanhado da namorada, o médico levou a paciente ao Hospital Barra D'Or. Quando ela morreu, Denis foi embora. Ele não informou os colegas que a atenderam sobre o procedimento estético, de acordo com a polícia.