Um mês após o lançamento do hatch compacto March, a Nissan lança sua versão sedã, também importada do México. Se bem que soa exagerado dizer que o Versa é um March sedã. A arquitetura é a mesma, mas a novidade tem muito mais porte, e o desenho em quase nada lembra o do March. Ele chega em três versões, com preços bem agressivos, partindo de R$ 35.490 na versão S. Com ar, o preço sobe para R$ 38 mil. A versão intermediária (SV) sai por R$ 40 mil, e a topo de linha (SL), como a unidade test
ada, custa R$ 43 mil.
A Nissan, que almeja 5% do mercado até 2014 (hoje tem menos de 2%) e a liderança entre as marcas orientais no Brasil, não está para brincadeira. Dá garantia de 3 anos e manutenção com preço fechado, além de assegurar que tem ao menos as 100 peças de maior giro com o menor preço do mercado. E pra quem tem medo da pequena rede assistencial, o número de concessionárias chegará a 125 no fim do ano, dobrando até 2016.
Na hora de acelerar, o Versa não decepciona. O 1.6 16V flex de 111 cv (derivado do 1.8 usado no Tiida e na Livina) tem recursos raros na categoria, como comando de admissão de válvulas variável. Comparado a outros sedãs 1.6, como Fiesta, Voyage e Logan, ele ganha fácil em acelerações e retomadas. E empata em desempenho com o Siena 1.8. Consumo, frenagens e nível de ruídos são compatíveis com os concorrentes.
A expectativa da Nissan é vender de 2 mil a 2,5 mil unidades por mês. Ela aposta no preço agressivo para um carro bem equipado. Ele vem com duplo airbag, computador de bordo, regulagem de altura do volante e do banco do motorista, travamento automático das portas. Tudo isso de série. Na versão superior, ganha ABS, trio elétrico, faróis de neblina, CD player, rodas de liga e acabamento mais esmerado. Em breve virão motor 1.0 e câmbio automático ? não juntos, claro. A aposta no sucesso da dupla March e Versa é tanta que a Nissan vai produzir ambos na nova fábrica de Resende (RJ), em 2014. Até lá, com uma primeira reestilização.