Depois de oito meses do despejo das ocupações irregulares de casas no conjunto Jacinta Andrade em Teresina, ainda acontece com frequência a compra e venda ou outros tipos de negociações com as residências na maior Vila da América Latina.
Mais de cem famílias envolvidas no episódio ainda discutem uma forma de entendimento com a Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) e o Ministério Público, até hoje(26), sem indício de solução para a questão. A argumentação das famílias é que não têm onde morar.
Para a advogada da ADH, Ana Lúcia, a prática de negociar o bem é ilegal, conforme assegura o contrato de aquisição do imóvel ?onde expressamente é dito que esses imóveis não podem ser cedidos e nem sofrer qualquer tipo de negociação?. Ela afirma ainda que a prática ?acontece em cumplicidade entre os envolvidos, de modo que torna difícil a detecção do problema?.
Ana Lúcia garante que todos os procedimentos da Agência são executados devidamente. ?A partir da denúncia é feita a notificação para o infrator sob pena de, em caso de descumprimento, ser desvinculado do programa e o imóvel ser retomado para quem está na lista de espera.?