O maior objetivo da tecnologia de navegação e entretenimento é evitar que os motoristas dispersem seu olhar do painel do carro. Essa é uma tarefa difícil para quem carrega a bordo telefone com GPS, músicas, mensagens de texto, internet e tudo o que um criador de aplicativos for capaz de imaginar.
A saída é ter um painel virtual que integre tudo isso a informações do carro, como velocímetro e conta-giros.
Mas quando ela chegará a carros mais baratos? "Essa tecnologia está no carro "top" porque é argumento de venda, não por ser cara", avalia Renato Giacomini, coordenador do curso de engenharia elétrica da FEI. "Não seria impossível numa escala de produção de carro "popular"." Tablets e smartphones podem baixar o custo. Se o celular tem GPS, o carro não precisa dele. E pode dispensar comando de voz se um tablet fizer essa função.
A Volkswagen, por exemplo, mostrou versão da perua Bulli que integra o iPad ao painel para fazer as vezes de comando do centro eletrônico do carro. Com ele, dá para controlar temperatura, lista de músicas e navegador.
Um tablet também pode ser usado para receber informações (via Bluetooth ou USB), como se o óleo do carro precisa ser trocado. "Não existe dificuldade técnica, basta as montadoras quererem", afirma Vagner Galeote, presidente da SAE Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade).
Outro benefício tecnológico que deve ser mais comum nos próximos anos é o uso de câmeras e radares de manobra para detectar veículos no ponto cego. Com eles, o motorista poderá ver no retrovisor o que antes se escondia.
Também está por vir o barateamento de sistemas que conferem o tamanho da vaga e ainda fazem as manobras na hora de estacionar o carro sozinhos, como o opcional do VW Tiguan, que hoje sai por R$ 105 mil com o acessório.