Com o objetivo de detectar precocemente casos de hanseníase, o que leva a uma cura sem sequelas, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) promove, no próximo sábado (19), um mutirão de diagnóstico na clínica dermatológica do Hospital Getúlio Vargas (HGV). Será a partir das 8 da manhã.
O mutirão atenderá tanto os casos encaminhados pelas equipes Estratégia Saúde da Família (ESF) de toda a cidade como aqueles de demanda espontânea (que se dirigem ao local sem encaminhamento formal). “Quatro médicos dermatologistas estarão trabalhando na ação”, informa Kelsen Eulálio, coordenador de Hanseníase da FMS.
Dados parciais da FMS mostram que Teresina registrou, no ano de 2015, 364 casos de hanseníase, dos quais 19 foram em crianças. Trata-se de uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leaprae. A doença é transmitida de uma pessoa doente que não esteja em tratamento para uma pessoa saudável suscetível.
A hanseníase tem cura e que, quanto mais cedo diagnosticada e tratada, menores são as chances de sequelas como incapacidades e deformidades físicas. “Estas complicações são responsáveis pelo preconceito e discriminação em torno dos portadores de hanseníase. Mas na verdade, se trata de uma doença que não tem perigo de transmissão uma vez que se inicia o tratamento”, esclarece Kelsen Eulálio.
O principal sintoma da doença é a presença de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com alteração de sensibilidade, nódulos (caroços doloridos), edema (inchaço) e/ou acometimento de nervos periféricos (espessamento e/ou dor).
“Na presença de algum desses sinais suspeitos, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa”, alerta o coordenador. O tratamento dura de seis a 12 meses, é totalmente gratuito e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde do município.