A hanseníase é uma doença que tem cura e que, quanto mais cedo diagnosticada e tratada, menores são as chances de sequela. Por isso, a Fundação Municipal de Saúde está organizando um mutirão de diagnóstico na clínica dermatológica do Hospital Getúlio Vargas, que ocorre no próximo mês.
O mutirão atenderá tanto os casos encaminhados pelas equipes Estratégia Saúde da Família (ESF) de toda a cidade como aqueles de demanda espontânea (que se dirigem ao local sem encaminhamento formal). Quatro médicos dermatologistas estarão trabalhando na ação, que já está sendo divulgada entre a comunidade pelos agentes comunitários de saúde e médicos da rede pública de saúde.
“Pedimos o envolvimento de todos, pois a luta contra a doença depende muito do diagnóstico e tratamento precoce, evitando a evolução e instalação das incapacidades e deformidades físicas provocadas”, diz Salmon Alencar, enfermeiro da Coordenação de Hanseníase da FMS. “Estas complicações são responsáveis pelo preconceito e discriminação em torno dos portadores de hanseníase. Mas na verdade, se trata de uma doença que não tem perigo de transmissão uma vez que se inicia o tratamento”, esclarece ele.
Dados parciais da FMS mostram que Teresina registrou, no ano de 2015, 364 casos de hanseníase, dos quais 19 foram em crianças. O principal sintoma da doença é a presença de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com alteração de sensibilidade, nódulos (caroços doloridos), edema (inchaço) e/ou acometimento de nervos periféricos (espessamento e/ou dor).
“Na presença de algum desses sinais suspeitos, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa”, alerta Salmon Alencar. O tratamento dura de seis a 12 meses, é totalmente gratuito e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde do município.