Profissionais da musicoterapia de Teresina pedem ajuda na busca pela regulamentação da profissão na capital e também a inclusão no plano de imunização contra Covid-19 do município.
O tratamento terapêutico por meio da música é aplicado em praticamente todo o Brasil, mas ainda não existem regras definidas para exercer a carreira, embora seja utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio das Práticas Integrativas e Complementares (PICs).
Graduada em música e especialista em musicoterapia, Cláudia Ferraz tentou, sem êxito, realizar o cadastro no sistema da Fundação Municipal de Saúde (FMS) da capital piauiense para ser vacinada. A musicoterapeuta decidiu colocar-se à frente na luta pelo reconhecimento da profissão.
"Nós não fomos inseridos junto aos profissionais de saúde para a vacinação. Nós não paramos de prestar nossa assistência em domicílios, clínicas, hospitais com pacientes idosos ou com comorbidades. Nossa profissão está inserida dentro das práticas integrativas do SUS e somos uma profissão que atua junto aos profissionais de saúde, através de tratamentos, reabilitação ou mesmo para prevenção de pacientes" relata.
O Projeto de Lei 6379/19 regulamenta a profissão de musicoterapeuta, atividade que utiliza a música para intervenção terapêutica nos ambientes médico, educacional e profissional, entre outros. O texto tramita na Câmara dos Deputados desde o ano passado. A proposta, de autoria da deputada Marília Arraes (PT-PE), foi afetada pela urgência das pautas relacionadas à pandemia do coronavírus e a votação pode ocorrer este ano.
Quanto à falta da vacinação dos musicoterapeutas em Teresina, a FMS informou que está "seguindo as orientações do Ministério da Saúde".