Museu italiano coloca fogo em obras de arte como protesto

Foi o primeiro dos protestos batizados de Art War (Arte da Guerra) e três obras terão o mesmo destino por semana

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?Nossas 1.000 obras de arte estão a caminho da destruição mesmo por causa da indiferença do governo?, disse Antonio Manfredi, do Casoria Contemporary Art Museum de Nápoles, enquanto via a obra do artista francês Severine Bourguignon arder em chamas. Esse foi o primeiro dos protestos que ele batizou de Art War (Arte da Guerra) e três obras terão o mesmo destino por semana, caso o governo italiano não mude sua direção em relação a cortes na área cultural. Os artistas, ao contrário do que se pensa, estão apoiando a atitude de Manfredi e da queimação geral. O escultor John Brown, que teve peças exibidas no museu em Nápoles, até queimou uma de suas obras, Manifesto, em apoio. ?Nós trabalhamos de uma maneira muito contemporânea no processo de fazer arte e a interação com as pessoas é mais importante do que mater as obras como objetos preciosos?, alegou.

As instituições de arte alegam que foram afetadas pelas recentes medidas austeras para combater a crise (que levou à renúncia do primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi no ano passado) pois restringiram subsídios e isenções em doações, que faziam parte do cardápio usado para compra de obras e manutenção dos museus. A Maxxi Muesum of Contemporary Art, uma das maiores na Itália, informa que teve um corte de 43% em seus fundos em 2011. Entre os supostos perigos nos cortes está até mesmo as ruínas de Pompéia ? o primeiro ministro Mario Monti correu e anunciou um projeto de 105 milhões de euros para reconstruir as ruínas.

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