A cadeira de rodas, já degastada com o tempo, não intimidou a pernambucana Maurenia Pereira de Souza, 52 anos, ou simplesmente Iná, de procurar a mãe biológica e os dois irmãos. Ela foi abandonada por sua progenitora com 10 dias de vida e hoje, após mais de 50 anos, pede ajuda para encontrar sua família no Estado de Pernambuco.
A história de Maurenia se resume a um retrato sem família, ela descobriu uma verdade que nunca foi esclarecida a respeito do seu passado, primeiro foi abandonada por sua mãe biológica chamada de Rita, depois aos sete anos sofreu paralisia infantil (poliomielite). Sua história, ou parte dela, começou no município de Igaraçu-Pernambuco, onde nasceu e foi criada pelo pai, Antônio Severino de Amorim.
"Depois que minha mãe (Rita) me deixou, meu pai teve um relacionamento com outra mulher e depois se separou. A ex-esposa dele me criou e registrou eu e meu irmão como seus filhos, pouco tempo depois ela veio para o Estado do Piauí e me trouxe aos nove anos de idade. Desde então, esse foi o motivo de separar toda minha família. Meu pai disse que viria me buscar e nunca veio por ser deficiente e sem ter condições. Meus irmãos ficaram com meu pai e são chamados de Edimilson e Edilene, ao qual também procuro por eles em Igaraçu-PE", explica.
No apelo, ela afirma que sua certidão consta apenas o nome do pai e da mãe adotiva que a criou. Hoje, Maurenia Pereira reside no município piauiense de Porto, casou aos 22 anos e seu esposo já faleceu. "A minha família é minha base e nunca tive. Hoje sofro muito. Tudo isso foi problema grande de família. Se minha mãe biológica ainda viver, eu quero encontrá-la bem velhinha, quero ela viva. Eu choro aos pés do Senhor, eu não desisto", confessa comovida em meio às lágrimas.
Como não tem ligações de parentesco com ninguém do município pernambucano, Maurenia resolveu iniciar a investigação por conta própria para ter pista em sua busca. "Peço ajuda para adquirir passagens para ir até Pernambuco com o prefeito de Porto ou com algum proprietário de uma empresa de viagem e quem puder ajudar", declara.
Comoção
Um vizinho resolveu postar um vídeo nas redes sociais com o pedido de ajuda. Em apelo, a mulher vive um sentimento de dor e ausência. Se você conhece alguém citado na matéria, favor entre em contato com Maurenia pelo pelos telefones: (86) 9 8881-0659 ou 9 8187-5338 (Saymon).