Mulher faz lipo e morre em casa 2 dias depois; hospital se pronuncia

Laudo indica hemorragia e família suspeita de possível erro médico

Valdirene faleceu em casa dois dias após a cirurgia | Divulgação/Arquivo Pessoal
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Nesta terça-feira (31), o Hospital Unimed Criciúma divulgou uma nota à imprensa sobre o falecimento da paciente Valdirene dos Santos de Campos. De acordo com o Hospital, o cirurgião informou à família que iria viajar após a cirurgia, por isso deixou outro médico responsável por seus pacientes. Além disso, ele afirma que passou o nome e o contato do profissional para os familiares.

A mulher de 36 anos morreu em casa, na cidade de Forquilhinha, dois após fazer uma lipospiração. A cunhada da vítima, Zoraide Rocha, afirma que a família tentou diversas vezes entrar em contato com o médico depois da alta. Na única vez em que ele atendeu, a orientação foi de que a cinta utilizada para ajudar na recuperação fosse afrouxada. "Não pediu nem para verificar sinal vital ou pressão, que poderia ter sido feito na hora", diz Zoraide. Meia hora depois da ligação, Valdirene faleceu.

O Hospital afirma que durante sua viagem, o cirurgião atendeu em duas oportunidades os familiares da paciente, que também fizeram contato com o médico indicado e que estava em Criciúma. Assim que soube do quadro o médico retornou à Criciúma, onde mantém contatos com a família.

De acordo com a nota, o cirurgião que operou a paciente tem formação na especialidade de cirurgia plástica, com quatro anos de residência e mais dois anos de pós-graduação na mesma especialidade, em São Paulo. Também possui especialização de um ano na Alemanha, em reconstrução facial, de mamas e abdominal.

O laudo da morte indica hemorragia na região do abdome e a família ainda não sabe se foi uma consequência de um possível erro médico. Os parentes registraram um boletim de ocorrência na Delegacia de Forquilhinha, cidade onde mora Valdirene. Só depois de uma necrópsia será possível identificar o real motivo da morte. "Não vamos deixar assim, terminar em nada, terminar arquivado. Nós vamos correr atrás, o que tiver que ser feito, vai ser feito", diz Zoraide. O Hospital afirma que já manteve contato com o Delegado Regional do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina e com o médico legista para apurar o caso.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES